Economia & Mercado

Banco central americano volta a elevar juros em 0,75 ponto percentual

Valter Campanato/Agência Brasil
Aumento nas taxas visa combater uma inflação que está no patamar mais alto em quatro décadas. Banco central dos EUA pode desacelerar o ritmo  |   Bnews - Divulgação Valter Campanato/Agência Brasil

Publicado em 27/07/2022, às 15h38   Redação Bnews


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O Federal Reserve, banco central dos Estados Unidos, anunciou nesta quarta-feira (27) que elevou a taxa de juros do país em 0,75 ponto percentual. Com isso, ela passa do intervalo de 1,5% a 1,75% ao ano para 2,25% a 2,5%.

A elevação é a quarta em um ciclo de alta de juros que começou em março de 2022. A taxa iniciou o ciclo em 0% ao ano, e os aumentos são os primeiros desde 2018. Uma alta de 0,75 p.p. já havia sido realizada pelo Fed em junho, no maior valor desde 1994.

"Os indicadores recentes de gastos e produção se suavizaram. No entanto, os ganhos de emprego foram robustos nos últimos meses e a taxa de desemprego permaneceu baixa. A inflação permanece elevada, refletindo desequilíbrios de oferta e demanda relacionados à pandemia, preços mais altos de alimentos e energia e pressões mais amplas sobre os preços", destacou o banco em comunicado.

 A votação foi unânime e o Fed prevê que os aumentos contínuos na taxa de juros serão apropriados. No anúncio, há destaque que a autoridade monetária está altamente comprometida em trazer a inflação de volta para a meta de 2% ao ano.

O movimento da autarquia reflete um esforço para combater a maior inflação nos Estados Unidos em mais de 40 anos, alimentada por um descompasso entre oferta e demanda e alta de preços de commodities ligados à pandemia e à guerra na Ucrânia, além de uma demanda elevada com uma economia aquecida e baixo desemprego.

A decisão seguiu as expectativas do mercado e já havia sido sinalizada por dirigentes do banco central ao longo do mês, depois do Fed ter deixado a opção em aberto após a reunião de junho.

O mercado segue atento à possibilidade dos Estados Unidos entrarem em recessão devido aos juros altos. Dados recentes indicaram uma possível contração da economia do país mais cedo que o esperado, com investidores apostando agora em um ciclo menos agressivo por parte do Fed.

Segundo os dirigentes do banco, a guerra entre Rússia e Ucrânia está criando uma pressão ascendente adicional sobre a inflação e está pesando sobre a atividade econômica global.

O Fed também continuará com o cronograma de redução de seu balanço patrimonial, formado por títulos do Tesouro, dívida e títulos lastreados em hipotecas de agências. Essa é mais uma medida voltada a reduzir os estímulos à economia

"O Comitê estaria preparado para ajustar a orientação da política monetária conforme apropriado caso surjam riscos que possam impedir a consecução dos objetivos", destaca o anúncio do Fed.

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