Economia & Mercado

Bancos se especializam em públicos como pets, LGBTQIA+ e esquerdistas; entenda

Agência Brasil
Esses bancos nascem como instituições de pagamento não reguladas, ou seja, não precisam de licença do Banco Central (BC)  |   Bnews - Divulgação Agência Brasil

Publicado em 09/03/2022, às 21h36   Redação BNews


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As Fintechs levaram a sério esse negócio de se especializar no cliente, não é à toa que agora é possível encontrar banco que presta serviço para a população LGBTQIA+, pessoas de esquerda e para até para cachorro.

Segundo o site Valor, esses bancos nascem como instituições de pagamento não reguladas, ou seja, não precisam de licença do Banco Central (BC) até atingir um determinado volume movimentado, e muitas vezes usam a infraestrutura de bancos já existentes - o chamado “banking as a service” (BaaS). E é por causa dessa facilidade que a competição do setor aumenta, fazendo que seja necessário se especializar em um determinado público.

Foi assim que André Avellino criou o PetBank Brasil. O empresário que já vinha do mercado financeiro resolveu unir o útil ao agradável, já que ele é apaixonado por cachorros: “estudamos esse mercado e vimos que nossa proposta não podia ter só um viés mercadológico, tinha de ter um apelo social, porque as pessoas amam demais seus pets”, disse Avellino que chegou a contratar um consultor para desenhar o modelo do negócio.

Com um cartão de crédito Visa, que tem o nome do animal de estimação e uma foto (cachorro, gato, peixe, pássaro, coelho e porco), as classes A e B, costumam deixar o cartão com o funcionário do tutor que cuida do pet. Já para os “correntistas” classe C, o limite do cartão auxilia no tratamento com veterinários em clínicas parceiras. O PetBank já tem cashback em varejistas e, em breve, começará a distribuir um seguro da Porto Seguro. “Os pets dão bastante gasto e isso cria muitas oportunidades. Existe uma demanda reprimida enorme”, explicou Avellino.

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O LefBank também tem seu nicho: Pessoas com opinião política de esquerda. O banco foi criando tem como diretor de relações institucionais o petista e ex-presidente da Câmara Marco Maia. “Encomendamos uma pesquisa nacional ano passado e 30% do público se declara de esquerda ou centro-esquerda. São quase 70 milhões de pessoas. Esse é nosso público”, disse Maia.

Ainda de acordo com o ex-parlamentar, atualmente, o LeftBank tem 15 mil clientes e a meta é chegar a 100 mil até o fim do ano. Para isso, além da conta digital, o banco da esquerda possuí cartão pré-pago, assistência veicular, seguros, clube de benefícios e o grupo tem até uma empresa de telefonia. Para o futuro, eles pretendem oferecer empréstimos em breve, com juros abaixo da média do mercado, em parceria com uma sociedade de crédito direto (SCD).

O público LGBTQIA+ também tem um banco: o Pride Bank. Idealizado pela ativista Maria Fuentes e tendo como sócio presidente Márcio Orlandi, o banco tem “dezenas de milhares” de “correntistas”. A ideia é destinar 5% da receita bruta para projetos sociais que apoiem a comunidade LGBT e ter um espaço físico, a Casa Pride, onde além do escritório, irá funcionar o centro cultural e espaço de convivência.

No cartão de crédito do Pride Bank, o cliente escolhe como quer ser chamado. “Temos drag queens que usam o nome artístico”, conta Orlandi. O aplicativo oferece conta digital, soluções de pagamento e tem maquininhas de cartão em uma parceria com a subadquirente Fácil Pay. Os planos do banco para um futuro recente está a distribuição de seguros da SulAmérica e, se tudo der certo, uma operação verticalizada de planos de saúde.

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