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BNews Summer: Vendas do varejo na Bahia em dezembro devem registrar melhor resultado desde 2020, aponta Fecomércio-BA

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O consultor econômico Guilherme Dietze explica ao que está relacionada a projeção positiva para as vendas do varejo  |   Bnews - Divulgação Divulgação/SEI
Beatriz Araújo

por Beatriz Araújo

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Publicado em 18/12/2023, às 18h00


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Se tem um setor que tem motivos para comemorar o mês de dezembro na Bahia é o setor do varejo. Isso porque, as projeções da Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado da Bahia (Fecomércio-BA) para as vendas do setor no mês mais aguardado do calendário festivo são as melhores possíveis. De acordo com a entidade, o volume de vendas do varejo baiano deve chegar a R$ 14,3 bilhões ainda neste mês de dezembro, o que corresponde a um aumento de 3,7% ou R$ 510,2 milhões a mais em relação ao mesmo período de 2022.

Destaques

As projeções positivas são baseadas na performance de oito das nove atividades que fazem parte do comércio varejista, segundo a Fecomércio-BA. Entre os destaques estão as Farmácias e Perfumarias, com variação anual de 11%, acompanhada do segmento de Veículos, Motos e Autopeças, que registrou alta de 7,8%. Em seguida, surgem as lojas de Eletrodomésticos e Eletrônicos, com aumento de 6,3% e, por fim, os Supermercados, com elevação de 5% em relação ao ano passado.

Ainda para o ano de 2023, é esperado que o faturamento acumulado do setor do varejo atinja a casa dos R$ 144,3 bilhões, o que deve representar um crescimento de 0,6% em comparação com o resultado obtido ao longo de 2022.

Natal

Em entrevista ao BNews, o consultor econômico Guilher Dietze informou que o empresariado baiano terá motivos suficientes para comemorar o mês de dezembro, sobretudo em razão do Natal. Os empresários de alguns segmentos, no entanto, terão motivos para comemorar mais do que outros.

“O segmento que mais movimenta, em termos de volume, no Natal, sem dúvida é o de supermercados. É o principal grupo de consumo das famílias. É o setor mais importante do varejo. Quase um terço das vendas do comércio em geral vai para o setor de supermercados”, informou Dietze.

Já no que se refere às intenções de compra por parte dos consumidores, o segmento de vestuário deve performar melhor neste mês de dezembro, principalmente em razão da tradição de presentear nesta época do ano.

“Quando a gente faz pesquisa com o consumidor, qual é a intenção de compra, sempre vem, primeiro, vestuário, uma roupa, uma camisa, um short, um calçado. Na sequência, vêm perfumes e cosméticos, e depois vêm os eletrônicos (eletrodomésticos, eletrônicos, celulares, computadores)”, apontou o economista.

Fatores

De acordo com o economista, um dos principais fatores que justificam as projeções positivas para o varejo no mês de novembro é o aumento no índice de empregos. “É uma combinação de fatores positivos”, elencou. “Primeiro, você tem uma inflação muito mais baixa do que tinha há um ano, o emprego está muito mais forte e quando você tem mais pessoas empregadas formalmente, você tem uma injeção maior também do décimo terceiro salário”, destacou.

Ao mesmo tempo, uma pesquisa da Fecomércio-BA aponta três meses seguidos de queda na inadimplência, fator que, segundo Dietze, também deve contribuir para um dezembro satisfatório para o varejo, em comparação com os últimos anos. “As famílias conseguiram pagar as contas em atraso e agora ampliam esse espaço para consumir no dia a dia de forma mais tranquila”, considerou.

“É uma combinação perfeita da conjuntura macroeconômica que deve levar a essas compras de Natal que a gente está esperando, com um melhor dezembro desde de 2020”, concluiu o consultor econômico.

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