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Braskem podia adiar mais uma vez a oferta de ações

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A companhia estava se preparando para realizar o “follow-on” em janeiro  |   Bnews - Divulgação Divulgação

Publicado em 09/02/2022, às 12h34   Redação BNews


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Uma das operações financeiras mais esperadas neste ano, a oferta de ações (follow-on) da Braskem foi novamente adiada e corre o risco de não acontecer neste semestre. A janela entre março e abril é aguardada pelos acionistas, que é o período após os os resultados da companhia no 4° semestre, e pode ser a cartada final.


A companhia estava se preparando para realizar o “follow-on” em janeiro. Houve interesse dos investidores, mas pedidos de altos descontos sobre o valor das ações levaram os acionistas a adiar o processo, como informou o Pipeline,site de negócios do Valor.

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No fim de janeiro, os gestores concentraram as ordens de venda em R$ 40, aproveitando o interesse das empresas em resolver a questão rapidamente, sobretudo para a Novonor, que está em recuperação judicial e tem dívidas de cerca de R$ 15 bilhões com vários bancos. 


A este preço, o montante da operação cairia para R$ 6,2 bilhões – a expectativa era No fim de janeiro, os gestores concentraram as ordens de venda em R$ 40, aproveitando o interesse das empresas em resolver a questão rapidamente, sobretudo para a Novonor, que está em recuperação judicial e tem dívidas de cerca de R$ 15 bilhões com vários bancos. A este preço, o montante da operação cairia para R$ 6,2 bilhões – a expectativa era levantar de R$ 9 bilhões a R$ 10 bilhões.


Além das condições adversas do mercado, os potenciais compradores dos papéis da Braskem querem uma definição mais clara sobre sua migração para o Novo Mercado. 


A Braskem segue adiante com esse plano. O passo mais recente foi a convocação de assembleia especial de acionistas para dia 25, para unificação das ações preferenciais em uma única classe. Apenas 0,06% do capital da petroquímica é composto por papéis PNB (classe B), originado de subscrições com recursos de incentivos fiscais. A proposta é converter as PNBs em PNAs (classe A) na proporção de dois para um, conforme previsto em estatuto social.


A etapa seguinte ao Novo Mercado será justamente a conversão de PNs em ONs, o que pode acontecer ainda no primeiro semestre, segundo uma fonte a par do assunto. A migração para o Novo Mercado ajudaria a companhia a destravar seu valor das ações, com potencial de novos ganhos.


Há um compromisso dos acionistas de monitorar as condições de mercado e aproveitar essa oportunidade após a divulgação dos resultados do quarto trimestre, que está prevista para o dia 16 de março. Analistas de mercado projetam um bom desempenho financeiro da empresa, que pode atingir receita de R$ 100 bilhões pela primeira vez na sua história.


Se o “follow-on” não for levado adiante neste semestre, a Novonor, que está em recuperação judicial com dívidas de R$ 100 bilhões, deve ter de pedir novo “waiver” (perdão) aos bancos que detêm as ações da companhia em garantia, de acordo com uma fonte ligada aos credores.


Após a companhia confirmar o cancelamento da oferta no dia 28 de janeiro, as ações recuperaram fôlego, com valorização de 16,2% desde então, negociadas ontem a R$ 54,04. Mesmo assim, ainda estão bem abaixo dos R$ 66,40 marcados no início de dezembro. A expectativa é que os papéis tenham reação positiva aos números trimestrais e subam.

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