Economia & Mercado

Entenda porque o Brasil antecipa compra de combustível da Rússia

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Rússia se torna principal fornecedor do produto, na Europa  |   Bnews - Divulgação Divulgação / Pixabay

Publicado em 18/08/2023, às 14h59 - Atualizado às 15h30   Cadastrado por Verônica Macêdo


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Rússia se fortalece como principal fornecedor de combustíveis e derivados de petróleo do Brasil, à proporção que Moscou designa novos mercados após o veto da União Europeia (UE).

Sendo assim, o governo brasileiro antecipou a compra do produto petrolífero para patamares antes nunca registrados, provocando um aumento de 25% na estimativa de importações de combustível.

Esse crescimento, agora em agosto, é comparado ao mês de julho, com uma previsão de cerca de 235.000 barris por dia, conforme estatísticas da Kpler.

Viktor Katona, principal analista de petróleo da Kpler, explicou que "obter barris com desconto é um benefício financeiro para o Brasil, onde o governo está sempre sob pressão para reduzir o custo dos combustíveis".

Conforme informa reportagem do Invest News, o Brasil começou a aumentar acentuadamente as compras em fevereiro, mês em que a UE proibiu as importações dos combustíveis russos.

"Os EUA e seus aliados tentam limitar o fluxo de petrodólares para a Rússia para reduzir o financiamento da guerra que o país trava na Ucrânia. As medidas reduziram os preços dos combustíveis russos, que precisam ter valores atraentes para competir por novos mercados", destaca a reportagem.

Vale pontuar ainda que o G7 e a UE também determinaram um valor máximo global sobre os produtos russos comercializados por empresas de seus países. O preço é de US$ 100 o barril para os principais derivados, a exemplo do diesel, e de US$ 45 para os mais baratos, como lubrificantes.

Atualmente, o Brasil é o segundo maior comprador de diesel russo no mundo, atrás apenas da Turquia, segundo a Kpler. No campo diplomático, o Brasil tenta se manter neutro com relação à guerra da Ucrânia.

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