Economia & Mercado

Fiesp destitui Josué Gomes da presidência; empresário deve questionar legalidade da votação

Letícia Moreira/Folhapress
Pano de fundo político teria sido o causador da votação tão expressivamente negativa à gestão de Gomes  |   Bnews - Divulgação Letícia Moreira/Folhapress

Publicado em 16/01/2023, às 20h06 - Atualizado às 20h26   Cadastrada por Letícia Rastelly


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Certamente Josué Gomes da Silva não podia prever sua queda da presidência da Fiesp quando recusou o convite feito pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva para ser ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior.  Nesta segunda-feira (16) uma assembleia destituiu o empresário da Coteminas.

De acordo com o jornal o Globo, Josué deve iniciar uma disputa jurídica questionando a legalidade da votação que o retirou do cargo: Foram 47 votos, duas abstenções e apenas um voto a favor do empresário.

A reprovação da gestão do empresário se dá, principalmente, por argumentos de cunho político. De acordo com a publicação, a primeira votação se deu após quatro horas e meia de assembleia e, assim que terminou, Gomes deixou o encontro. Na sequência, sem a presença do dirigente, os remanescentes abriram uma segunda assembleia e aprovaram a destituição.

Os empresários ignoraram o almoço promovido por Gomes junto ao vice-presidente da República e ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, Geraldo Alckmin (PSB). Ele também havia anunciado uma reunião em 30 de janeiro com o ministro da Fazenda, Fernando Haddad (PT), junto a diretoria da Fiesp, e outra com o ministro do Trabalho, Luiz Marinho (PT), em 6 de fevereiro.

De acordo com o Globo, ao longo de um ano na Fiesp Gomes deixou de atender a pleitos de entidades patronais de menor porte, que tinham excelente relação com o seu antecessor Paulo Skaf. Vale lembrar que o antigo presidente fez de tudo para que ele e seu vice, Rafael Cervone, fossem candidatos em uma chapa única, mas a relações deles estremeceu nos últimos meses, já que Gomes atuou como articulador do manifesto empresarial pró-democracia, não agradando o bolsonarista Skaf.

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