Economia & Mercado

Governo planeja renovar programa de descontos para carros zero-quilômetro

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Pasta deve detalhar a quantia destinada para a segunda rodada do programa entre quarta e quinta-feira  |   Bnews - Divulgação Foto: Reprodução/TV Globo

Publicado em 28/06/2023, às 18h03   Téo Mazzoni



O Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC) confirmou ao G1 que irá implementar uma nova rodada de crédito para o programa governamental que visa reduzir os preços dos carros zero-quilômetro. A pasta está finalizando os detalhes da ampliação do crédito para o projeto, prevista para ocorrer entre esta quarta-feira e quinta-feira.

Embora o número de carros vendidos ainda não tenha sido consolidado pela área técnica do ministério, o governo decidiu dar continuidade ao apoio ao setor automotivo. A primeira fase do programa já injetou R$ 500 milhões para possibilitar descontos de R$ 2 mil a R$ 8 mil em veículos novos.

Apesar de ter impacto na redução dos preços, a ação foi limitada como forma de compensar a baixa demanda das montadoras.

Um vídeo capturado na manhã de quarta-feira (28) pelo Globocop, da TV Globo, gerou repercussão ao mostrar o pátio da fábrica da Volkswagen, localizada em São Bernardo do Campo, com uma grande quantidade de veículos aguardando para serem comercializados.

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O acúmulo de estoque fez a montadora promover mais uma parada de produção em suas fábricas por conta de uma “estagnação do mercado”. Em outras palavras, a empresa continua sentindo a falta de demanda por veículos novos, que causou paralisações das principais montadoras do país no início do ano.

As estimativas da Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea) são de que o programa do governo, em sua primeira versão, traria descontos para 110 mil a 120 mil carros neste ano.

A título de comparação, a produção prevista pela associação para 2023 é da ordem de 2,4 milhões de novos veículos, sendo mais de 2 milhões para o mercado interno. Ou seja: o dinheiro despejado pelo governo só trará diferencial de preço para pouco mais de 5% dos novos veículos.

Questionada, a Anfavea não comentou o assunto.

A Federação Nacional da Distribuição de Veículos Automotores (Fenabrave), que contabiliza o emplacamento de carros novos no Brasil, também não divulgou números antes de sua coletiva de imprensa, no próximo dia 4.

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