Economia & Mercado

Heineken deve sofrer aumento em 2022

Divulgação
A fabricante da Heineken anunciou aumento em 2022 após a receita líquida subir de 19,7 bilhões de euros em 2020  |   Bnews - Divulgação Divulgação

Publicado em 17/02/2022, às 12h15   Redação BNews


FacebookTwitterWhatsApp

A fabricantes de cervejas Heineken anunciou um novo aumento de preços para 2022 após a receita líquida subir de 19,7 bilhões de euros em 2020, para 21,9 bilhões no ano passado. Segundo o Valor Econômico, o aumento será aplicado para os custos.

Ainda segundo a publicação, o último trimestre de 2021 registrou uma alta em relação as vendas no Brasil. Depois de uma queda anual de mais de 10% no terceiro trimestre, o volume de cervejas cresceu acima dos 10% entre outubro e dezembro, em relação ao mesmo período de 2020. No mundo, reverteu o prejuízo líquido de 204 milhões de euros em 2020, em lucro líquido de 3,32 bilhões de euros (US$ 3,77 bilhões) em 2021.

Leia mais: 

Caixa paga Auxílio Brasil a beneficiários com NIS final 4

Vale destacar que o crescimento contínuo das vendas dos rótulos mais caros e a retomada do consumo fora do lar, canal em que o grupo tem mais força de distribuição, foi uma das razões para o avanço no Brasil está o crescimento contínuo das vendas dos rótulos mais caros e a retomada do consumo fora do lar, canal em que o grupo tem mais força de distribuição.

Se comparado ao período pré-pandemia, o consumo de Heineken dobrou de volume. Outro destaque foi o crescimento de duplo dígito da cerveja IPA Lagunitas. O portfólio mainstream, composto por marcas como Amstel, Devassa e Tiger, cresceu cerca de 25% em volume. O segmento econômico, com Glacial, Kaiser e Bavaria, teve queda de quase 30%.

Durante 2021, a estratégia foi reduzir esforços nos rótulos mais baratos. Embora no consolidado do ano o volume tenha caído um dígito baixo (em torno de 1% a 3%), a empresa diz que essa política ajudou a ganhar participação em valor no mercado de cervejas. O avanço dos rótulos premium anulou esse recuo de volume.

Em 2021, a consultoria Euromonitor apontou que o volume de cervejas vendido no mercado brasileiro chegou a 14,3 bilhões de litros, 7,7% a mais do que em 2020, ano em que já havia crescido 5,3%. O faturamento no ano passado foi de R$ 208,8 bilhões, 11% acima do ano anterior, puxado pelo bom desempenho do segmento premium - de valores mais elevados -, segundo o Sindicato Nacional da Indústria da Cerveja (Sindicerv).

Em sua operação global, o grupo registrou aumento no volume de cervejas de 6,2% no quarto trimestre e de 4,6% em todo o ano de 2021. Mas a inflação cresce em diversos países e deixa 2022 mais difícil. A projeção é de um crescimento de custos por hectolitro na casa dos 15%, devido a operações de hedge e aumento nos preços de commodities, energia e frete.

“Compensaremos esses aumentos de custo de insumos por meio de preços em termos absolutos, o que pode levar a um consumo de cerveja menor”, disse ontem Hao diretor financeiro da Heineken, Harold van den Broek, diretor financeiro. De acordo com ele, apesar do cenário, a empresa continua a projetar uma margem de lucro operacional de 17% até 2023.

“Mesmo com os ventos contrários enfrentados pela covid-19 e pressão de custos ao longo de 2021, os volumes têm sido resilientes. A grande questão está em torno da duração dessa resiliência diante da pressão inflacionária”, disse o presidente global da Heineken, Dolf van den Brink. Em 2021, a companhia economizou 1,3 bilhão de euros como parte do plano “Evergreen”, cuja meta é economizar 2 bilhões de euros em custos estruturais até 2023.

A Heineken informou que acelerou a plataforma B2B (de venda para varejistas, bares e restaurantes) HeiShop, se conectando a 100 mil clientes ativos até o fim do ano. No caso da concorrente Ambev, a plataforma Bees é usada por 85% da base de clientes, com mais de 1 milhão de pontos de venda.

Siga o BNews no Google Notícias e receba os principais destaques do dia em primeira mão!

Classificação Indicativa: Livre

FacebookTwitterWhatsApp