Economia & Mercado

Mapeamento sobre hidrogênio verde na Bahia será concluído até novembro, projeta gerente do Cimatec

Eliezer Santos/BNews
Estratégia envolve descarbonização dos setores da indústria do estado  |   Bnews - Divulgação Eliezer Santos/BNews

Publicado em 12/04/2022, às 18h22 - Atualizado às 18h28   Eliezer Santos e Daniel Brito


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Os estudos para mapear a produção do chamado hidrogênio verde na Bahia deverão ser concluídos até a segunda quinzena de novembro. A previsão foi dada nesta terça-feira (12) pelo gerente executivo do mercado de química do Senai Cimatec, José Luís Gonçalves de Almeida, em entrevista ao BNews, durante o evento que firmou o contrato da instuição com o governo do estado para a elaboração das análises. 

"Com isso, os impactos serão trazer mais investidores para a produção do hidrogênio verde e a descarbonização dos setores industriais, além de gerar empregos, porque é uma nova tecnologia. Inlcusive, dentro do Cimatec, temos um centro de competência para formar recursos humanos especializados em hidrogênio verde", revelou.

Almeida detalhou também de que maneira os estudos serão conduzidos. "Esse mapa vai fazer também a identificação do estado da arte, da produção do hidrogênio verde em cinco países que estão mais avançados nesse termo. Vai também identificar toda a parte tributária mais adequada para isso, e também a parte de investimentos. E há um modelo matemático que vai escolher quais são as principais áreas mas adequadas para a produção", declarou. 

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"Essa estratégia é baseada em pilares. O marco do hidrogênio verde, que compreende a identificação dos sítios mais adequados para a sua produção, levando em consideração as fontes de águas residuais, do subsolo e salinas, a transmissão elétrica e também as fontes de energia limpa, como fotovoltaica, solar e hidroelétrica", acrescentou.

De acordo com o gerente do Cimatec, a estratégia envolve não apenas a produção do recurso, como também a descarbonização dos setores industriais da produção baiana, a exemplo de áreas como refino, petroquímica, papel e celulose, bebidas e alimentos, mineração e siderúrgica.

"Todos estão procurando isso, todos têm suas metas, desde a COP-26. Todas essas indústrias, petroquímica, refino, querem emitir zero carbono e as metas só podem ser alcançadas através do hidrogênio, que é uma energia limpa, e também através da captura do CO2. Mas não vamos passar das energias fósseis diretamente para o hidrogênio verde porque é uma mudança muito drástica. Então ainda vamos passar pelo hidrogênio azul, com captura de CO2, que será reutilizado, outras reações para formar metano, etano, propano, matéria prima para as indústrias petroquímicas", projetou.

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