Economia & Mercado

Mercado de revenda de roupas registra crescimento impressionante; veja números

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Mercado pode atingir valor bilionário em revenda de roupas até 2028  |   Bnews - Divulgação Divulgação
Verônica Macedo

por Verônica Macedo

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Publicado em 05/04/2024, às 08h26


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Com US$197 bilhões em vendas no mundo em 2023, o mercado de revenda de roupas cresceu 18%, de acordo com o novo relatório da ThredUp, Resale Report 2024. O estudo ainda prevê que o mercado global de vestuário de segunda mão atingirá US$350 bilhões até 2028, crescendo 3 vezes mais rápido que o mercado global de vestuário em geral. 

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Na visão das varejistas, 90% dos seus executivos afirmam que seus clientes já participam da revenda – um recorde histórico – e, por isso, 74% deles estão considerando ou planejando entrar na revenda no futuro.

Empresas como H&M, Kate Spade e American Eagle identificaram essa tendência e, em 2023, entraram nesse modelo de negócio, como mostra o relatório. 

De acordo com Victoria Almeida, gerente da rede de empresas da Fundação Ellen MacArthur na América Latina, os dados do relatório reforçam uma tendência que já havíamos mapeado, que é a de que o mercado de revenda de roupas superará o de fast fashion até 2029.

A gerente fala que esse crescimento mostra que as pessoas e o mercado de moda estão cada vez mais abertos e interessados em modelos de negócio circulares. Além da revenda, há vários outros modelos que almejam manter as roupas em circulação por mais tempo, como o aluguel de roupas, o reparo e a refabricação.

"Em conjunto, essas quatro alternativas têm o potencial de representar 23% do mercado global de moda até 2030, o que representa uma oportunidade econômica de 700 bilhões de dólares e a possibilidade de reduzir um terço das emissões de gases de efeito estufa do setor", pontua. 

Ela salienta que, para maximizar os benefícios econômicos e ambientais, é importante que as empresas explorem os variados modelos de negócios circulares em conjunto.

Na visão de Victoria, o aluguel, a revenda, o reparo e a refabricação foram os que mais ganharam força até o momento, mas não são as únicas maneiras de gerar receita sem fabricar novos produtos.

Para ela, explorar uma variedade maior e combiná-las quando aplicável poderia abrir novos mercados no setor da moda e trazer benefícios ambientais ainda maiores.

“As embalagens reutilizáveis são uma parte fundamental de uma economia circular para plásticos. Essa transição tem o potencial de combater a poluição por plásticos ao mesmo tempo que traz benefícios comerciais significativos, como maior fidelidade à marca, melhor experiência do usuário e custos mais baixos”, diz Victoria.

A especialista também explica que, substituir os produtos descartáveis por modelos de reúso pode reduzir em mais de 20% o total de plásticos que vazam para os oceanos anualmente.

“Considerando essa relevância, neste artigo a Fundação Ellen MacArthur mostra diferentes modelos de negócios de reúso tanto para empresas B2C (business-to-consumer), como B2B (business-to-business). Estratégias de reúso como as apresentadas neste artigo têm o potencial de eliminar o desperdício e a poluição por plásticos e manter as embalagens em seu mais alto valor de uso”, finaliza. 

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