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Mercado GenAI: A revolução da inteligência artificial no mercado financeiro; entenda

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Com GenAI, mercado objetiva redução de custos, aumento de qualidade e personalização dos serviços  |   Bnews - Divulgação Divulgação / Freepik
Verônica Macedo

por Verônica Macedo

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Publicado em 06/05/2024, às 09h18 - Atualizado às 09h22



A Inteligência Artificial Gerativa, ou GenAI, vem transformando o mercado financeiro com soluções inovadoras, eficientes e personalizadas para os clientes. Em novembro de 2023, a competição em GenAI se intensificou com o lançamento do ChatGPT 4 pela Microsoft, com 128 mil tokens de contexto. Já em fevereiro de 2024, o Google contrapõe com o Gemini 1.5, com capacidade de um milhão de tokens, ambos expandindo as oportunidades de uso da tecnologia

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E não demorou muito para novidades. Durante o Google Next 2024, que aconteceu em abril deste ano em Las Vegas (EUA), os principais lançamentos foram de soluções que usam o Gemini como potencializador, como o Code Assist, Cloud Assist (geração de código) ou o Gemini para o BigQuery (assistente para time de Analítica) e os bancos de dados (ainda em Preview). Grande destaque também para o impacto do Gemini dentro das soluções de segurança. 

Segundo Gabriel Lima, superintendente de Arquitetura, Cloud e Inovação do banco BV, dentre todas as novidades, o maior anúncio foi a apresentação de infraestrutura para suportar IA em escala, desde a nova versão de TPU, passando pelas novidades das parcerias com a Nvidia e Intel e chegando ao Gemini 1.5 (ainda em preview) que trará o suporte a um milhão de tokens.  

“O impacto de suportar 1M de tokens é amplo e profundo. Em termos gerais, o Gemini 1.5 conseguirá ingerir uma hora de vídeo de alta qualidade, 30 mil linhas de código ou 11 horas de áudio. Em termos práticos, por exemplo, poderemos trazer o contexto totalmente baseado em documentos, bases de dados e sistemas corporativos”, diz Lima. 

De acordo com Gabriel, com a chegada deles, o mercado financeiro deve ampliar o uso de GenAI na geração de dados sintéticos para melhorar acuracidade na concessão de crédito ou realizar validações de sistemas, como assistentes para auxílio a usuários com assessores conversacionais treinados para fornecer informações específicas, como seguros, financiamentos, uso de aplicativos, entre outros, na geração, complementação de Código – Gerar para fazer testes de validação ou melhorar trechos de código de programação baseado em instruções e na personalização de conteúdo de marketing para criativos de marketing, baseados no tom de voz, segmentação e identidade visual da empresa. 

“Entre os objetivos das instituições financeiras nesta aplicação estão a redução de custos, melhoria da qualidade, ampliação da cobertura e a otimização da personalização dos serviços e produtos financeiros.  Mas também temos alguns desafios importantes a vencer com a nova tecnologia”, explica o especialista.  

Para o superintendente de Arquitetura, Cloud e Inovação do banco, além do treinamento e capacitação necessários, existe a necessidade da criação de processos, ferramentas e o estabelecimento de novos papéis capazes de lidar com a tecnologia, governar seu uso e crescimento e gerenciar os riscos relacionados ao seu uso. Os modelos não são explicáveis ou previsíveis, portanto, o que limita o uso para evitar riscos e, também, podem fabricar resultados, ou baseado em dados ruins, gerar resultados com vieses indesejáveis.  

“Já quando falamos em privacidade de dados, propriedade intelectual e direitos autorais, as organizações ainda estão trabalhando em modelos maduros que garantam governo e proteção de informações confidenciais, assim como estratégias para evitar fraudes cibernética. Por fim, dentro da sustentabilidade, é necessário buscar parceiros conscientes das emissões para manter metas de sustentabilidade ao usar modelos computacionais”, afirma. 

Segundo ele, esses desafios requerem o desenvolvimento e a aplicação de métodos, técnicas e ferramentas de verificação, validação, avaliação, correção, conformidade, comunicação, interação e feedback do que é produzido pela GenAI. 

“E é o que a instituição já está fazendo. Com as oportunidades que a GenAI oferece, diversas áreas da empresa, incluindo Tecnologia, Auditoria, Riscos, Seguros, Marketing, Operações, Finanças e Clientes, estão envolvidas em experimentos e implementações usando a nova tecnologia, como, por exemplo, na Governança GenAI com um modelo que considera pessoas, ferramentas e processos para acelerar, democratizar e escalar o uso da tecnologia na organização, na comunicação de marketing para clientes, em novo atendente virtual para vendas de seguro, no uso de GenAI para melhorar produtividade e qualidade dos desenvolvedores de software, na automação de análises e geração de relatórios de risco e controle e na sumarização e qualificação de chamadas de atendimento aos clientes”, completa. 

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