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Pesquisa aponta que classe média terminou janeiro menos endividada

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Inadimplência é a menor em 22 meses, de acordo com pesquisa  |   Bnews - Divulgação Reprodução // Marcelo Camargo // Agência Brasil
Rafael Albuquerque

por Rafael Albuquerque

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Publicado em 01/02/2024, às 10h54


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O endividamento diminuiu entre as famílias de classe média, que têm rendimento entre 5 e 10 salários mínimos, no mês de janeiro. O número representa 76,4% desses consumidores, indica a Pesquisa de Endividamento e Inadimplência do Consumidor (Peic), realizada mensalmente pela Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC). Nesse caso, houve queda de 1,9 p.p. perante dezembro e 0,8 p.p. na comparação com janeiro de 2023.

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Os números indicam que o percentual de famílias que relataram ter dívidas a vencer foi de 78,1% em janeiro, um aumento de 0,5 ponto percentual (p.p.) em relação a dezembro e de 0,1% no comparativo com janeiro do ano passado.

Já a inadimplência caiu 0,5 p.p. em janeiro, na comparação mensal, e 1,6 p.p. em relação a janeiro de 2023. A porcentagem de famílias com dívidas em atraso fechou o mês em 28,3%, o menor nível desde março de 2022. Entre os inadimplentes, a CNC monitora também os que afirmam não ter condições de pagar suas dívidas, estes alcançando, em janeiro, o percentual de 12% das famílias.

O presidente da CNC, José Roberto Tadros, destaca que, em aspecto geral, a Peic de janeiro mostra um cenário positivo para 2024. “As pessoas estão conseguindo, aos poucos, quitar suas dívidas para contrair outras e adquirir novos produtos, planejar viagens, enfim, voltar a consumir com mais fôlego”, avalia o presidente. Segundo Tadros, as projeções da Confederação apontam que 2024 deve continuar, gradualmente, com aumento do endividamento e redução das famílias inadimplentes.

Diminui inadimplência entre famílias com menor renda

Entre as famílias com renda até três salários mínimos, 35,6% estão inadimplentes e 16,4% não sabem como vão quitar os atrasados. Apesar de esta ser a faixa de renda com maiores índices de dívidas em atraso, a inadimplência teve queda de 3,1 p.p., na comparação anual, e de 0,7 p.p. em relação ao mês anterior.

Dessas famílias, diminuiu em 1 p.p. as que declararam não ter condições de pagar as dívidas em atraso em relação a janeiro do ano passado e 0,3 p.p. menos que em dezembro. Apesar de terem mais dificuldade de pagamento, a maior parte desses consumidores (29%) considera-se pouco endividada – mesmo que este seja o grupo com a maior fatia de renda comprometida com dívidas, 32% entre os que responderam à pesquisa.

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