Economia & Mercado

Presidente do BNDES diz que Lava Jato serviu para destruir empresas; assista

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Presidente do BNDES a engenharia brasileira precisa voltar a exportar  |   Bnews - Divulgação Reprodução / TVE

Publicado em 16/05/2023, às 07h18   Redação


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O presidente do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), Aloizio Mercadante, afirmou em entrevista ao Roda Viva, nesta segunda-feira (15), que a Operação Lava Jato destruiu diversas empresas no Brasil, gerando um grande impacto nos exportadores de serviços de engenharia. “A Lava Jato teve peso decisivo. Ao invés de punir os corruptos e os empresários certos, ela destruiu as empresas”, disse.

Antes dessa declaração, o presidente do BNDES anunciou que irá lançar uma linha de crédito para exportação no Dia da Indústria, em 25 de maio. Mercadante ainda afirmou que as empresas brasileiras precisam lutar para estar no mercado internacional e garantiu ajuda do Banco.

“Nós somos 2% da economia mundial. Se as empresas brasileiras não exportarem, e disputar o mercado internacional, elas não terão futuro, nem eficiência e competitividade. Temos que aumentar a produtividade para disputar, e o BNDES tem que ajudar financiando a exportação de empresas brasileiras”, explica.

Na visão de Mercadante, se o BNDES não ajudar nesse projeto de exportação, a indústria brasileira irá morrer. Na área de serviços, Mercadante lamentou que não há pedidos de exportação de empresas brasileiras, pois o país já representou 5% da engenharia mundial. Atualmente, segundo ele, é de 0.5%.

“Sabe quais são as empresas de engenharia que estão no BNDES? É para produzir aqui. São chinesas, portuguesas, espanholas e etc. Elas estão ocupando espaços que antes eram dos brasileiros. Nos anos 1970, o Brasil construiu a ponte Rio-Niterói, de 8,5 quilômetros. Agora, estamos financiando uma ponte de Itaparica até Salvador de 12 quilômetros e será construído pelos chineses. Nós fazíamos isso há 50 anos”, afirma.

Para o presidente do BNDES, a engenharia brasileira precisa voltar a exportar, e o caminho para isso é criar uma lei especifica no Congresso e um diálogo com o Tribunal de Contas da União.

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