Economia & Mercado

Setor automobilístico: Carros populares estão mais caros porque indústria prefere vender menos; entenda

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Indústria está apostando em veículos com maior valor agregado, mais rentáveis  |   Bnews - Divulgação Divulgação / GM
Verônica Macedo

por Verônica Macedo

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Publicado em 02/02/2024, às 08h04 - Atualizado às 08h25


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Os carros populares estão cada vez mais caros e, segundo o presidente da GM América do Sul, Santiago Chamorro, esse cenário não irá mudar.

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É o que afirma a reportagem do Uol. "O brasileiro não quer carrinho, quer carrão. Nossa estratégia é oferecer em todos os segmentos que atuamos uma possibilidade mais acessível", argumentou Chamorro em entrevista ao site, referindo-se às versões básicas de seu portfólio.

Ricardo Bacellar, fundador da Bacellar Advisory Boards, explicou, na mesma reportagem, que “o modelo da indústria automotiva mudou nos últimos anos. Se antes era voltado para o volume, hoje o foco é o valor agregado. Ou seja, em um passado recente, a quantidade de vendas compensava o lucro baixo com carros mais baratos. Mas a pandemia acabou com o sucesso desse modelo de negócio. A indústria automobilística prefere vender menos”.

Ele disse ainda na matéria que "a falta de componentes para a construção dos carros piorou a situação, já que as montadoras investiram em uma produção grande de veículos e não conseguiram finalizá-los. Como a indústria estava sem volume de carros para vender e rentabilizar o negócio, precisou apostar em veículos com maior valor agregado, que são mais rentáveis. Isso deixa os carros populares de lado no portfólio de vendas”..

Para o consultor, a demanda por carros populares existe, mas isso não significa que as montadoras estão dispostas a atendê-la.

"A maioria das vendas no programa de governo para incentivar a compra do carro zero km foi de veículos de até R$ 80 mil. É muito claro que tem uma demanda reprimida de carros mais baratos. Mas não há previsão que as montadoras voltem a produzi-los. A proposta agora é em maior valor agregado e maior margem de rentabilidade", finalizou Bacellar, em reportagem do Uol.

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