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"A preocupação é com os empregos", diz Sindipetro sobre ofertas feitas pela Landulpho Alves

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A estatal é a segunda maior do Brasil e está localizada em São Francisco do Conde, na Região Metropolitana de Salvador (RMS)   |   Bnews - Divulgação Divulgação

Publicado em 25/06/2020, às 15h02   Samuel Barbosa


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O coordenador geral do Sindipetro Bahia, Jairo Batista, conversou com o BNews sobre as propostas vinculantes que a Petrobras começou a receber nesta quinta-feira (25) pela Refinaria Landulpho Alves (Rlam). A estatal é a segunda maior do Brasil e está localizada em São Francisco do Conde, na Região Metropolitana de Salvador (RMS).

"A Petrobras colocou oito refinarias a venda. No ano passado a gente já teve algumas vistas de árabes, chineses e franceses. Eles visitaram a refinaria para conhecer a unidade que eles possam adquirir. Esse anúncio que foi feito essa semana já é uma parte mais avançada do processo de privatização, a fase vinculante é quando as empresas vão apresentar propostas", explicou.

O objetivo do governo federal é vender metade da capacidade de refino, começando pela Landulpho Alves. Segundo Batista, a principal preocupação é com a manutenção dos empregos. Atualmente a refinaria tem cerca de 1.200 funcionários concursados.

"A preocupação dos trabalhadores é o emprego, não só da manutenção do emprego, mas também da qualidade do emprego. A Petrobras hoje importa uma quantidade razoável de derivados de petróleo, nesse momento da pandemia a demanda diminuiu, mas a gente sabe que é sazonal. Há uma necessidade de importar derivados quando nós poderíamos produzir esses derivados aqui. No último estudo que foi feito da parte técnica indicava que o Brasil precisava de mais quatro refinarias para atender a demanda interna".

A categoria teme que após a privatização, a Landulpho Alves fique subutilizada. "Nós temos o temor que a refinaria se transforme somente num imenso tanque de combustíveis, que as empresas vão utilizar somente quando for viável utilizar essa nossa produção. Quando o mercado internacional estiver mais favorável eles vão importar essa gasolina, esse diesel, o próprio GLP das empresas estrangeiras. O emprego vai ficar muito volátil porque eu só vou ter empregado quando for necessário ao meu lucro e ao ponto de vista da exploração", disse.

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