Sindicato estuda como barrar decisão da Codeba de trabalho presencial em meio à pandemia da Covid-19

Após a Companhia das Docas do Estado da Bahia (Codeba) avisar aos funcionários que todos deveriam voltar ao trabalho de forma presencial nesta quarta-feira (1º), o Sindicato Unificado dos Portuários do Estado da Bahia (Suport-BA) afirmou ao BNews que vai analisar com o jurídico o que pode ser feito. 

O diretor jurídico do sindicato, Ulisses Souza Oliveira Junior, está indignado com a decisão da companhia. Segundo ele, a afirmação da Codeba de que os funcionários deveriam voltar ao trabalho normalmente já que o funcionamento das embarcações e das instalações portuárias são atividades essenciais, devendo, assim, manter o funcionamento normal, não se justifica, já que os funcionários que ficam nos portos já trabalham em regime de escala. "Eles não podem dizer que os trabalhos do administrativo, que estavam sendo feito home office ou em meio período, são essenciais", afirmou o sindicalista que questiona o motivo da companhia ter colocado todos os colaboradores para voltar a trabalhar presencialmente.

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Ele explicou que uma funcionária relatou que para chegar ao trabalho, hoje de manhã, ela enfrentou um ônibus cheio: "o que adianta aqui manter uma distância de um, dois metros um do outro, se no ônibus cheio a distância não chega a um centímetro?", questiona o sindicalista. 

"Eu mesmo estava saindo 12h e indo a pé pra casa porque com a diminuição da frota de ônibus estava aguardando mais de duas horas no ponto. Hoje, não sei o que vou fazer, já que não vou subir o Taboão andando depois das 17h30. Vou ficar no Comércio até não sei que horas esperando um ônibus", afirmou o homem.