Coronavírus

Mesmo com delivery e take away, restaurantes da Bahia Marina vivem medo de fechar as portas

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Custo dos estabelecimentos fechados varia de R$ 130 a R$ 230 mil por mês  |   Bnews - Divulgação Divulgação

Publicado em 11/07/2020, às 10h41   Redação BNews


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Diante da pandemia do novo coronavírus e da manutenção das medidas restritivas ao comércio em Salvador, como forma de conter o contágio da Covid-19, os restaurantes da capital baiana, em especial os que ficam localizados na Bahia Marina, na Av. Contorno, têm vivido o receio de ter de fechar as portas.

De acordo com o portal Alô Alô Bahia, mesmo com a opção de funcionamento em delivery ou take away, a receita dos restaurantes não tem sido suficiente para cobrir as despesas mensais, colocando em risco a continuidade do setor.

O chef do Restaurante Amado, Edinho Rangel, contou que, desde o fechamento da unidade, tem desembolsado R$ 200 mil para manter a estrutura. “Ninguém aguenta mais de 100 dias fechado tendo que pagar mão de obra, aluguel e energia. Precisamos voltar a funcionar, se não, todo o segmento fecha”, disse ao Alô Alô Bahia.

Já a empresária Karine Queiroz, sócia do Soho, afirmou que o investimento mensal para a manutenção do negócio é de R$ 150 mil e revelou que, quando voltar a funcionar, o local vai ser reaberto com a capacidade reduzida.

Na região do Rio Vermelho, uma das mais boêmias da cidade, a chef Tereza Paim, do Casa de Tereza, contou que já utilizou todo o capital de giro do restaurante durante os meses de pandemia. “Ainda peguei empréstimo de R$ 430 mil para garantir, pelo menos, três meses de baixo fluxo”, destacou.

O chef dos restaurantes, Ori, no Horto Florestal, e Origem, na Pituba, disse ao portal que tem custo mensal de R$ 230 para sobreviver com as portas fechadas, com R$ 130 mil para a folha de pagamento e R$ 100 mil de custo fixo no estabelecimento.

O presidente do Grupo D&M, que comanda 21 restaurantes, estimou que o investimento mensal feito para não fechar as portas seja entre R$ 400 e R$ 600. ““De R$ 20 a R$ 30 mil por restaurante. Não está sendo fácil”, lamentou.

A previsão da Prefeitura de Salvador é de que lanchonetes, bares e restaurantes voltem a funcionar na Fase 2 da reabertura do comércio, quando a cidade estiver com taxa de ocupação dos leitos hospitalares exclusivos de Covid 19 abaixo de 70%.

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