Coronavírus

Abrasel reclama de repressão ostensiva da polícia em bares e restaurantes de Salvador; secretário rebate

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Sérgio Guanabara lamenta posicionamento de entidade  |   Bnews - Divulgação BNews/Dinaldo Silva

Publicado em 16/08/2020, às 21h52   Henrique Brinco


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A Associação Brasileira de Bares e Restaurantes da Bahia (Abrasel) divulgou uma carta aberta contra o uso ostensivo de força policial nas atividades de bares e restaurantes de Salvador. No último sábado (15), 16 estabelecimentos foram interdidatos por ultrapassarem o horário de funcionamento estabelecido pela prefeitura na atual fase de retomada econômica durante a pandemia da Covid-19, que é até às 23h.

No documento, a entidade afirma que o instrumento está sendo exercido de maneira "descabida e equivocada nos empreendimentos que investiram e estão apoiando e exercitando o fiel cumprimento dos protocolos no que cabe suas responsabilidades". "Importante que o exercício da força policial recaia exclusivamente sobre aqueles que de forma inadequada e irresponsável persistirem na conduta, principalmente em relação ao ordenamento nas vias públicas e próximas dos bares, restaurantes e similares", ressalta. 

A Abrasel afirma ainda que a gestão municipal ignora a rotina operacional dos estabelecimentos, afirmando que os estabelecimentos precisam conduzir os clientes a encerrar suas compras ou consumo para, então, fechar as portas.

Procurado pelo BNews, o secretário Sérgio Guanabara, titular da paste de Desenvolvimento e Urbanismo de Salvador (Sedur), lamentou o posicionamento da entidade e afirmou que a pasta está trabalhando há cinco meses dessa mesma forma.

"Acho que eles têm o direito de expressar o pensamento deles, a opinião deles. Isso está garantido na Constituição, como também está garantido na Constituição o direito de todas as pessoas serem tratadas igual, independentemente dos comerciantes estarem localizados nos bairros mais pobres e mais nobres", destacou.

"Lamento muito esse tipo de colocação por parte da Abrasel, que foi partícipe da elaboração de protocolos de bares e restaurante. Significa dizer que essa regra de fechamento às 23 horas era uma regra já conhecida por parte dele. Sobre essa força policial que eles dizem ser excessiva e abusiva, é algo improcedente. A Sedur não entra em estabelecimento com a Polícia Militar. A polícia acompanha a nossa ação fiscal e fica do lado de fora. Não sei a quem está incomodando isso, que não vai mudar", assegurou.

"A Sedur tem profissionais educados. Todos os nossos fiscais são capacitados para lidar com esse tipo de atividade".

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