Coronavírus

Fecomércio-BA estima que restrições no final de semana custarão R$ 70 milhões ao varejo por dia

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Bahia terá restrição das atividades não essenciais a partir desta sexta-feira (26) até as 5h de segunda-feira (1º)  |   Bnews - Divulgação Divulgação

Publicado em 25/02/2021, às 17h16   Marcos Maia


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A Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado da Bahia  (Fecomércio-BA), entidade que reúne sindicatos patronais dos setores de comércio e serviços, estima que as medidas restritivas previstas para o final de semana no Estado - para conter o avanço da Covid-19 - custarão, por dia, R$ 70 milhões ao varejo. Os números foram apresentados pelo presidente da federação, Carlos de Souza Andrade na tarde desta quinta-feira (25).

A Bahia terá restrição das atividades não essenciais a partir desta sexta-feira (26) até as 5h de segunda-feira (1º). A medida foi divulgada conjuntamente pelo pelo governador do estado, Rui Costa (PT), e pelo prefeito de Salvador, Bruno Reis (DEM).

O cálculo do prejuízo estimado com o fechamento ao longo do próximo sábado (27) e domingo (28) foi realizado por uma consultoria econômica.“Entendemos que na sexta-feira será um pouco menos que isso, pois funcionaremos até às 20h. Mas no sábado e domingo teremos uma perda substancial, em torno de R$ 70 milhões”, disse durante conversa com jornalistas por meio de uma videoconferência.

Ele também informou que à princípio não foi dialogado com Estado e Município estratégias fiscais possíveis para amortecer os prejuízos ao empresariado. Contudo, o grupo espera que as perdas possam ser futuramente compensadas a partir da compensação em impostos ou em dias trabalhados. “Um feriado em comum acordo com os comerciários que possamos dialogar, e chegar a um denominador comum. Entendemos que no momento que estamos vivendo o diálogo em busca da saúde e da vida são o mais importante”, acrescentou.

Andrade, contudo, não descarta a possibilidade de demissões ocorrerem a partir deste prejuízo. “Diminuir o horário de funcionamento oferece o risco de diminuirmos nosso número de funcionários. Digamos: Uma loja que tem dez funcionários, se leva dois dias fechado, todo empresário vai ter de fazer conta”, exemplificou. Ele explicou que manter um funcionário na folha de pagamento acaba ficando inviável se não houver demanda. 

Ele garantiu que o possível será feito para que os postos de trabalho sejam preservados. O presidente da Fecomércio-BA ressaltou que a adoção das medidas anunciadas hoje foram dialogadas e também afirmou que a instituição trabalha com a possibilidade de novas medidas serem adotadas em um futuro próximo. Andrade avaliou que medidas mais duras seriam difíceis para o comércio, e lembrou do desemprego gerado com a suspensão das atividades no ano passado.

Para o representante da entidade, o diálogo realizado a partir de um convite do prefeito de Salvador foi “acertivo”. Além da Fecomércio-BA, o diálogo entre os governos e a categoria também contou com a participação da Associação Comercial da Bahia (ACB) e da Federação das Câmaras de Dirigentes Lojistas do Estado da Bahia (CDL).

"Em contrapartida, pedimos aos governos do estado e do município se empenhassem, se dedicassem mais, em criar uma infraestrutura em hospitais, tendas e reabrissem os hospitais fechados com maior urgência para não entrarmos em colapso", disse.

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