Economia & Mercado

PIB repete desempenho de 2017 e cresce 1,1% em 2018

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Ritmo de recuperação acende sinal amarelo sobre herança deixada para 2019   |   Bnews - Divulgação Reprodução

Publicado em 28/02/2019, às 09h08   Folhapress


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A economia brasileira cresceu 1,1% em 2018 em relação ao ano anterior, informou nesta quinta-feira (28) o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística). A taxa é a mesma da que foi registrada em 2017.

Em valores correntes o PIB alcançou no período R$ 6,8 trilhões.

No quarto trimestre de 2018, o PIB cresceu 0,1% em relação ao terceiro trimestre –uma herança considerada fraca por especialistas. Sobre o quarto trimestre de 2017, a alta foi de 1,1%.

O ritmo de atividade se manteve similar a 2017, desapontando economistas que iniciaram 2018 com expectativa de crescimento perto de 3% para o ano. 

Ao longo do ano passado, as previsões foram continuamente revistas para baixo com a paralisação dos caminhoneiros, ocorrida em maio, um mercado de trabalho cuja débil recuperação se deu à base de vagas informais e incertezas ligadas às eleições presidenciais. 

O resultado veio em linha ao esperado pela maior parte dos analistas do mercado financeiro.

Especialistas não esperam um quadro muito diferente para 2019.

Reportagem da Folha mostrou que, mesmo que a reforma da Previdência seja aprovada neste ano, é pouco provável que a economia brasileira encontre fôlego para deslanchar em 2019.

Passada a euforia de empresários e mercado financeiro com a eleição de Jair Bolsonaro (PSL), já há quem espere crescimento abaixo de 2%, com a retomada mais forte, uma vez mais, sendo empurrada para o próximo ano.

Até meados de 2018, economistas também previam alta perto de 3% para o PIB (Produto Interno Bruto) de 2019.

Segundo o analista da RC Consultores Everton Carneiro, apesar de os indicadores de confiança do empresariado estarem em alta, no mundo real ainda paira certa incerteza quanto ao governo de Jair Bolsonaro.

A dúvida quanto à real capacidade de articulação e realização do governo seria o motivo para que os empresários ainda estejam optando por esperar para retomar os investimentos no país.

A proposta da reforma da Previdência agradou e a expectativa do mercado é que ela seja aprovada, devido a uma articulação junto ao presidente da Câmara, Rodrigo Maia.

Mesmo assim, empresários estariam esperando para ver como irá se dar a negociação no Congresso antes de decidir retomarem os investimentos.

"Como o governo começou muito instável, o mercado está aguardando as coisas se alinharem", diz.

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