Economia & Mercado

‘É preciso desligar o Twitter’, diz dono da Riachuelo sobre o novo governo

Folhapress
Segundo Flávio Rocha, investidores esperam 'demonstração mais concreta' de que a reforma será aprovada  |   Bnews - Divulgação Folhapress

Publicado em 24/03/2019, às 12h58   Redação BNews


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O empresário Flávio Rocha, do Grupo Guararapes (Riachuelo) e do Instituto para Desenvolvimento do Varejo (IDV), criador do movimento político conservador “Brasil 200”, disse, em entrevista ao jornal O Globo, que o governo de Jair Bolsonaro “precisa desligar o Twitter” para conseguir aprovar a reforma da Previdência. 

“Eu acho que tinha que desligar o Twitter. Se o Carlos Bolsonaro quer ajudar, comportamentos típicos de campanha têm de ser deixados para trás e agora tem que ser um comportamento típico de agregação. Agora é hora de construir, de aglutinar, a eleição foi ganha, conscientizando uma grande maioria que não sabia da força que tem, que é o contingente dos liberais na economia e conservadores nos costumes. Mas agora a hora é de alargar este leque”, disse ao ser questionado que conselho daria ao presidente.

De acordo com o jornal, no Fórum Lide de Varejo, que ocorreu neste sábado no litoral paulista, o empresário, que foi um dos primeiros empresários a aderir à campanha de Bolsonaro, se recusa a criticar o governo, dizendo que há uma “curva de aprendizagem”, mas cobra um posicionamento mais firme em prol da reforma.

“Eu acho que há uma curva de aprendizado, o povo queria renovação e o custo da renovação é esse, pessoas que ainda estão aprendendo o jogo político, mas estão aprendendo muito rapidamente. Eu cito como exemplo o ministro Paulo Guedes, que não tinha os cacoetes do político, mas está aprendendo rapidamente a lidar com o Congresso. As pessoas bem intencionadas aprendem rápido”, explicou.

Ainda em entrevista, ele avaliou o início do governo Bolsonaro. “Nós nunca tivemos um pacote de ideias tão boas. Essa eleição foi ganha claramente com ideias que costumavam ser onerosas politicamente no Brasil, que é a ideia do Estado pequeno, de privatização, bandeiras que nunca haviam sido assumidas. Isso dá força a este discurso. Eu acho que finalmente chegaram ao Brasil os ideias que construíram todos os cases de prosperidade no resto do mundo”.

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