Economia & Mercado

Expectativa positiva com Petrobras puxa alta da Bolsa

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Apesar de queda no Lucro, estatal puxa alta de quase 2% do Ibovespa na manhã desta quarta-feira   |   Bnews - Divulgação Fotoarena/Folhapress

Publicado em 08/05/2019, às 14h44   Folhapress


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Apesar da queda de 42% no lucro líquido no primeiro trimestre deste ano em comparação ao mesmo período de 2018, as ações da Petrobras têm forte alta na manhã desta quarta-feira (8). O bom desempenho puxou alta da Bolsa brasileira, que subiu quase 2%. O dólar acompanhou e voltou ao patamar de R$ 3,93.

A queda do lucro líquido se deve à redução da produção de petróleo e menores preços da commodity atingindo as exportações, além de uma nova norma contábil que impactou os resultados. Executivos afirmaram, contudo, que estes fatores são pontuais e que a produção já se recupera no segundo trimestre.

"Esperamos voltar no próximo trimestre com melhores resultados. A busca contínua de geração de valor é um compromisso da companhia e acredito firmemente que os melhores momentos estão por vir", afirmou o presidente da companhia, Roberto Castello Branco, em teleconferência com analistas.

Segundo relatório do BTG Pactual, apesar de um pouco preocupados com a reação do mercado ao resultado negativo, o banco ainda vê um comprometimento forte o suficiente da administração para manter os papéis positivos.

“Além disso, a recente alta do preço do petróleo, juntamente com nossa expectativa de que a Petrobras retomará o nível de produção de 2,7 toneladas a partir de maio, sugerem melhores os resultados no segundo trimestre de 2019”, diz o relatório.

A Guide Investimentos também se manteve otimista quanto aos resultados.

“Mantemos nossa recomendação positiva para a companhia, dado: redução da alavancagem financeira; maiores investimentos futuros (em exploração e produção) e significativo corte de custos operacionais; e foco na gestão estratégica empresarial. Assim, a empresa deve continuar a se beneficiar: do processo de vendas de ativos; da melhora operacional, com ganhos de eficiência e produtividade; e da contínua desalavancagem financeira. Algo que nos deixa mais otimistas com o rumo da estatal”, afirma em relatório.

Analistas também acreditam que a empresa vai conseguir reduzir de forma significativa as dívidas até 2020. A estatal anunciou ainda a distribuição de remuneração antecipada aos acionistas sob a forma de juros sobre o capital próprio de R$ 1,3 bilhão.

Investidores reagiram de forma positiva e os papéis preferenciais, mais negociados, da petroleira sobem 3,79% às 12h, cotados as R$ 27,35. Os ordinários, com direito a voto, sobem 3,49%, a R$ 30,24.

O Ibovespa, maior índice acionário do país, tem alta de 1,89%, a 96.124 pontos, puxado pela Petrobras. O dólar cai 0,93%, a R$ 3,9330.

Mercado segue atento também ao cenário externo, particularmente a desdobramentos das negociações comerciais entre os Estados Unidos e China. Fontes ouvidas pela Reuters afirmaram que Pequim voltou atrás em quase todos os aspectos do acordo comercial com Washington.

Nos EUA, o presidente Donald Trump disse nesta quarta que ficará feliz em manter as tarifas sobre as importações chinesas.

A participação do ministro da Economia, Paulo Guedes, na comissão especial na parte da tarde também está no radar dos agentes financeiros.

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