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Bahia Farm Show: porte de arma para o produtor rural é "necessidade", avalia presidente da Abapa

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Decreto do governo Bolsonaro que ampliou acesso ao armamento foi bem recebido no setor   |   Bnews - Divulgação BNews

Publicado em 31/05/2019, às 09h22   Eliezer Santos


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A ampliação do porte e posse de arma de fogo para o produtor rural, previsto no decreto editado pelo presidente Jair Bolsonaro (PSL), foi bem recebida pelo segmento na região Oeste da Bahia - onde acontece até sábado (1°) a 15° edição da Bahia Farm Show.

A avaliação de Júlio Butaso, presidente da Associação Baiana de Produtores de Algodão (Abapa), é que o armamento é uma necessidade para a proteção da terra, sobretudo por causa da distância longínqua de postos policiais. 

"Eu diria que é uma necessidade. Você imagina se uma pessoa que está na fazenda, próxima à segurança, próximo ao posto policial já não se sente tão seguro, então você imagina se você morasse a 200 quilômetros da cidade. As fazendas estão totalmente desprotegidas e não tem sistema e nem número de pessoas que vai resolver isso. É difícil as pessoas da cidade entenderam isso porque elas não vivenciam isso e não estão com essas distâncias", argumenta.

"A única coisa que para o sujeito mal intencionado armado é o sujeito bem intencionado armado também", acentua Butaso.

Durante a campanha eleitoral, Jair Bolsonaro citava, além da liberação de armas, a isenção da punição a produtores rurais que atirarem contra invasores de terra, tema que hoje é discutido no governo e pode ser aprovado no pacote anticrime do ministro Sérgio Moro.

Segundo ele, os produtores da região já viveram dias piores com uma onda de assaltos à mão armada feitos por grupos de criminosos.

"Chegavam vinte pessoas armadas à noite e prendiam todas as pessoas da fazenda, às vezes tinha 150 pessoas na fazenda, eram todas rendidas, eles aterrorizavam essas pessoas para roubar os defensivos agrícolas", narra, ao detalhar que os casos foram reduzidos a partir de uma ação 

"Felizmente, em uma operação em parceria com a Aiba [Associação de Agricultores e Irrigantes da Bahia], da Adab [Agência Estadual de Defesa Agropecuária da Bahia] e a Secretária de Segurança Pública, através da Polícia Militar, nós criamos a Operação Safra que reduziu isso muito. Mas de qualquer forma os agricultores continuam expostos", sustenta.

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