Economia & Mercado

Secretário de Guedes já foi contra a CPMF em 2017

Jefferson Rudy/ Agência Senado
Agora, como secretário de Política Econômica, ele acompanha o ministro Paulo Guedes e tenta defender o novo imposto na reforma tributária que está sendo construída pelo governo  |   Bnews - Divulgação Jefferson Rudy/ Agência Senado

Publicado em 11/09/2019, às 20h11   Redação BNews


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A criação de um imposto sobre transações financeiras, similar à antiga CPMF (Contribuição Provisória sobre Movimentação Financeira), é um dos principais pontos propostos pela equipe econômica do Governo Bolsonaro. Antes de entrar para a equipe do Ministério da Economia, Adolfo Sachsida detonou o tributo em 2017.

"Poucas ideias são tão ruins que não possam ser pioradas. Infelizmente, o sistema tributário brasileiro não é exceção à regra. Isto é, por pior que seja a estrutura tributária brasileira, ainda é possível piorá-la", escreveu Sachsida na época. O texto está no livro "Tributação no Brasil: estudos, ideias e propostas", que foi organizado pelo economista e publicado pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), onde era técnico de planejamento e pesquisa.

Agora, como secretário de Política Econômica, ele acompanha o ministro Paulo Guedes e tenta defender o novo imposto na reforma tributária que está sendo construída pelo governo. Na avaliação da equipe do Ministério da Economia, a tributação ajudaria a criar empregos, pois compensaria a diminuição ou o fim das contribuições sobre a folha de pagamentos das empresas.

Contudo, na publicação de 2017, Sachsida escreveu que a distorção e a perda de eficiência econômica geradas pela CPMF apontam que um imposto sobre transação financeira é uma "ideia ruim, com potencial de piorar ainda mais o já extremamente ineficiente sistema tributário brasileiro". Na época, ele também disse que o imposto falha "vergonhosamente", porque reduz a eficiência econômica.

Posições diferentes sobre a volta da CPMF chegaram a derrubar o secretário da Receita Federal, Marcos Cintra. Defensor da proposta, ele foi demitido após Bolsonaro afirmar que a recriação está fora da reforma tributária, por sua determinação. Por enquanto, o novo tributo ficará à espera de uma mudança do presidente.

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