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Fecomércio apresenta perspectiva para 2020 e expectativa é de reação econômica

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A expectativa da economia para os próximos anos é de que o país cresça 2,5% e de forma contínua  |   Bnews - Divulgação Divulgação

Publicado em 19/02/2020, às 19h21   Shizue Miyazono


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O Sistema Fecomércio-BA reuniu empresários e a imprensa, na tarde desta quarta-feira (19), na Casa do Comércio para apresentar as perspectivas econômicas para este ano na Bahia e Brasil. Segundo Fábio Bentes, economista da Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC), a expectativa é que 2020 seja de reação.

A expectativa da economia para os próximos anos é de que o país cresça 2,5% e de forma contínua. Mas Bentes chama atenção para que a pesquisa do Banco Central comparada a expectativa do início do ano e o que de fato aconteceu, em cada dez vezes, oito elas foram frustradas.

"No início do ano, a gente já consegue ter alguma ideia, não mais do que alguma ideia, do que esperar para este ano. Em 2017 já havia sido um ano de reforma, reforma trabalhista, 2019, previdência e este ano, duas reformas em vista no país, que são muito importantes, embora não afetem os números, as reformas estruturais são muito importantes: reforma administrativa e tributária", afirmou.

Para o economista, o desempenho atual é uma herança de 2019, com a redução de juros. Ele ressaltou que o desemprego ainda é alto, assim como o nível de informalidade que é muito grande. Segundo Bentes, sem emprego não há recuperação no consumo, nem na economia. "A gente só vai conseguir corrigir o problema do desemprego e assim fazer a roda da economia girar para frente de forma mais rápida se atacar um ponto que é crucial que é produtividade. Todos nós nos debatemos com atividades profissionais que estão sendo eliminadas e é uma característica do capitalismo. Para aumentar a produtividade, é necessário investir em qualificação", explicou.

Bentes afirmou que mesmo que a economia cresça o que se espera nos próximos anos, a pessoa que estiver desempregada e não tiver requalificação não vai conseguir ser relocada no mercado.

O economista destacou que o setor de serviço teve, em 2019, um aumento após quatro anos sem crescimento. 

Salvador

O consultor econômico da Fecomércio, Guilherme Dietze, afirmou que o ano de 2019, em Salvador, começou com uma grande euforia por causa do novo governo, mas em março, abril veio a frustação dos consumidores, o que contribuiu para a queda do consumo. A partir do segundo semestre, entre julho e fevereiro deste ano, com a liberação do FGTS, geração de emprego e 13º salário, voltou a confiança dos consumidores. Com a melhora no mercado de trabalho, a redução da inadimplência em Salvador também diminuiu.

Os números apresentados também, mostram que o índice de confiança dos empresários chegou em fevereiro a 123 pontos, o maior patamar desde janeiro de 2014. “É um dado muito importante que mostra que houve sim uma melhora no dia a dia das empresas, e quando você destrincha os dados da pesquisa, o que mais cresceu foi a condução atual, tanto da empresa quanto ao setor”, contou. 

Outro ponto importante foi a geração de emprego. Na Bahia, 31 mil empregos foram gerados no estado. Os destaques foram: Indústria Metal Mecânica, Farmacêutica, Alimentos e Bebidas, Comércio varejista e turismo.


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