Economia & Mercado

62,4% das empresas foram afetadas negativamente pela pandemia na 2ª quinzena de junho, diz IBGE

Luciano Lanes / PMPA
Os efeitos do novo coronavírus seguiram negativos para 72% das empresas nordestina - que registrou a maior taxa entre as regiões brasileiras  |   Bnews - Divulgação Luciano Lanes / PMPA

Publicado em 30/07/2020, às 09h56   Redação BNews


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A segunda rodada da Pesquisa Pulso Empresa, realizada pela Estatísticas Experimentais do Instituto de Geografia e Estatísticas (IBGE) aponta que 62,4% das 2,8 milhões de empresas em funcionamento na segunda quinzena de junho informaram que a pandemia do novo coronavírus afetou negativamente suas atividades.

O levantamento divulgado nesta quinta-feira busca acompanhar a evolução dos efeitos econômicos da Covid-19 nas empresas não financeiras. Segundo o IBGE, 22,5% das empresas participantes disseram que o efeito foi pequeno ou inexistente. Já para outros 15,1% o efeito foi positivo. 

As empresas do setor de Serviços foram as que mais sentiram impactos negativos (65,5%), com destaque para o segmento de Serviços prestados às famílias (86,7%). No Comércio, 64,1% relataram efeitos negativos e na Construção, 53,6%. No setor industrial, 48,7% das empresas destacaram impacto negativo, enquanto para 24,3% o efeito foi pequeno ou inexistente. Para 27,0%, o impacto nessa quinzena foi positivo.

Os efeitos negativos foram percebidos por 62,7% das empresas de pequeno porte, 46,3% das intermediárias e 50,5% das de grande porte. Os efeitos seguiram negativos para 72% das empresas no Nordeste, que registrou a maior taxa entre as regiões - sendo seguido por Sudeste e Centro-Oeste, com 65%  e 63% respectivamente. 

Já as regiões Norte e Sul apresentaram os maiores percentuais de empresas que declararam que os efeitos foram inexistentes - 27,4% e 30,9%, respectivamente - ou positivos  - 24,5% e 15,2%. A queda nas vendas ou serviços comercializados em decorrência da pandemia foi sentida por metade (50,7%) das empresas em funcionamento na segunda quinzena de junho.

Entre as empresas participantes da pesquisa, 27,6% disseram que o efeito foi pequeno ou inexistente e 21,4% afirmaram aumento nas vendas com a pandemia. A queda nas vendas foi sentida por 51,0% das companhias de pequeno porte, 39,1% das intermediárias e 32,8% das de grande porte. Nas empresas de maior porte, 41,2% relataram efeito pequeno ou inexistente.

O IBGE estima também que 43,9% das empresas adiaram o pagamento de impostos e 12,4% conseguiram uma linha de crédito emergencial para o pagamento da folha salarial dos funcionários. Na adoção dessas medidas, 39,2% das empresas sentiram-se apoiadas pela autoridade governamental. 

Entre as que adiaram o pagamento de impostos, esse percentual foi de 70,4% e entre as que conseguiram linhas de crédito para o pagamento da folha salarial, 76,4%.

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