Economia & Mercado

Representante de supermercados diz que margem de lucro do arroz é baixa e empresários não são “vilões”

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Sanzovo alegou que não há combinação de preço, apenas concorrência  |   Bnews - Divulgação Pixabay

Publicado em 09/09/2020, às 22h34   Redação BNews


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Depois de se reunir com o presidente Jair Bolsonaro para discutir a diminuição da margem de lucro em produtos da cesta básica, o presidente da Associação Brasileira de Supermercados (Abras), João Sanzovo Neto, tentou tirar a responsabilidade dos empresários e afirmou, nesta quarta-feira (9), que a categoria não será vilã de algo pelo qual não é responsável. O preço do arroz tem assustado os consumidores.

“Nós não vamos ser vilões de uma coisa pela qual não somos responsáveis, e muito pelo contrário”, disse Sanzovo. Ele argumentou que a margem de lucro de produtos básicos, como o arroz, é muito baixa, por conta da concorrência de mercado. 

Segundo o empresário, os donos de supermercados estão vendendo abaixo do que custaria para repor o produto, já que os estabelecimentos trabalham com estoques e custo médio. “Essa é a lei de mercado, é a concorrência, são 90 mil pontos no Brasil e o consumidor  vai onde o preço está mais barato, ele busca isso, e a gente quer que ele venha comprar na loja da gente, então a gente tem essa concorrência nesse produto bastante forte”, apontou.

De acordo com O Globo, Sanzovo alegou que não há um cartel, combinação de preço, apenas concorrência. Sobre o pedido de Bolsonaro para os donos de supermercados serem patriotas, ele destacou que os empresários estão fazendo a parte que lhes cabe e que o presidente teria entendido a situação. “Nós já fazemos a nossa parte e o governo já entendeu isso. Com os números, com transparência, já entendeu que os supermercados contribuem para diminuir a inflação, nunca para aumentar”, citou.

O empresário justificou as variações de preços de alimentos como o arroz são decorrentes da sazonalidade. “É sazonal, é agricultura: chove demais, faz sol demais. O problema está na lavoura, no custo da produção, na safra baixa; o problema está no câmbio, os produtos estão sendo exportados... O que tudo indica é que [o arroz] foi exportado por causa do câmbio alto e é justificável: os produtores de arroz, por muitos anos, tomaram muito prejuízo. Você tem a China fazendo estoque de alimentos, isso tá sendo favorável para a balança comercial, mas deu desequilíbrio”, finalizou.

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