Economia & Mercado

Visa e Mastercard estão dispostas a entrar no páreo dos pagamentos digitais

Marcello Casal Jr/Agência Brasi
Empresas de cartão recorrem a parcerias e aquisições nos setores de software e compensação rápida  |   Bnews - Divulgação Marcello Casal Jr/Agência Brasi

Publicado em 04/10/2020, às 05h03   Redação BNews


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Até algum tempo atrás, o sistema de pagamento eletrônico parecia uma espécie de correio de dinheiro. Diversos países contam com uma rede nacional, de baixo custo, comandada pelo governo – e é ela que transfere recursos entre bancos. 

Com o avanço da economia digital, muitos governos aprimoraram seus esquemas e passaram a autorizar operações on-line em segundos. Atualmente, 55 países – do Canadá a Singapura – contam com sistemas de pagamento entre bancos, em “tempo real”. Outra meia-dúzia de nações está perto de lançar esse serviço.

Segundo o E Investidor, além de transportar dinheiro, a chamada “compensação rápida” também leva e traz uma grande quantidade de dados, o que permite a remetentes e destinatários acompanhar o processo – reduzindo, por consequência, os índices de fraude. Os bancos centrais se consideram mais confiáveis e resistentes.

As empresas de cartão de crédito, porém, farejam uma ameaça. Recentemente, no dia 29 de setembro, a Mastercard anunciou uma colaboração com a ACI Worldwide, que produz software para sistemas de pagamento em tempo real. Com a parceria, a bandeira de cartões vai oferecer esses serviços em todo o mundo, e assim continuar na tentativa de se afastar dos cartões físicos, iniciada pela Master em 2016.

A Visa também estabeleceu a própria alternativa para compensações rápidas, batizada de Visa Direct, que oferece serviços como ferramentas de segurança que tornam mais fortes as redes de pagamentos de diferentes nações.

Segundo reportagem do Estadão, com isso, abre-se espaço para outros participantes. Algumas empresas especializadas criaram os próprios “trilhos”, que ajudam os bancos de um país a se conectarem com as redes de pagamento de outro.

Em 2019, tanto Master quanto Visa compraram empresas de processamento de transferências interbancárias, por meio de ligações diretas com os sistemas locais de compensação. Além disso, o plástico dos cartões está perdendo espaço: na semana passada, a Mastercard se autodenominou uma “empresa global de tecnologia para diversos tipos de pagamento”.

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