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Sob protestos de contaminados, Backer relança cervejas com festa após intoxicação coletiva

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Intoxicação causada por cervejeira causou a morte de 10 pessoas  |   Bnews - Divulgação Reprodução/Redes Sociais

Publicado em 19/10/2020, às 15h48   Redação BNews


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Cerca de nove meses após um dos casos mais graves de contaminação da história do Brasil, que resultou na morte de dez pessoas e intoxicou gravemente dezenas de consumidores, a cervejaria mineira Backer lançou oficialmente no último sábado (17) sua nova cerveja, chamada de Capitão Senra, durante uma festa em Belo Horizonte (MG).

O acontecimento revoltou familiares dos falecidos e as pessoas que foram intoxicadas após consumirem as cervejas contaminadas com dietilenoglicol. Após o caso, a fábrica da Backer foi paralisada, fato que fez com que o novo rótulo tivesse que ser produzido na fábrica da empresa Germânia, no interior de São Paulo. 

A intoxicação coletiva resultou no indiciamento de 11 pessoas após investigação da polícia, sendo sete por homicídio culposo, quando não há intenção de matar. Há apenas dois dias, a Justiça de Minas Gerais informou ter recebido denúncia contra sócios e funcionários da cervejaria, que oficialmente viraram réus no caso. 

A denúncia inicial sobre o caso de contaminação afirma que “o uso indevido dos produtos tóxicos aliado à precária condição de manutenção da linha de produção das bebidas alcoólicas causaram um dano irreparável à saúde pública”.

Após fiscalização pelo Ministério da Agricultura, foi constatada a contaminação de ao menos 36 lotes de cerveja com a substância tóxica dietilenoglicol, um agente anticongelante que vazou de um dos tanques utilizados na fabricação da bebida.

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