Economia & Mercado

Saldo comercial Brasil-EUA é o pior em 6 anos

Alan Santos PR
As exportações para os EUA caíram 27,8% em termos absolutos  |   Bnews - Divulgação Alan Santos PR

Publicado em 25/01/2021, às 08h30   Redação BNews


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O saldo da balança comercial Brasil-Estados Unidos em 2020 foi o pior em 6 anos, gerando um deficit de US$ 2,7 bilhões.

O dado mostra que o país foi o parceiro mais afetado entre todos os destinos de exportação do Brasil no ano passado. As exportações para os EUA caíram 27,8% em termos absolutos, para US$ 21,5 bilhões. As importações somaram US$ 24,1 bilhões, queda de 19,8% em relação ao ano anterior.

Apesar do presidente da República, Jair Bolsonaro (sem partido), destacar a parceria com os EUA, o país é  atualmente o segundo principal parceiro comercial brasileiro, com participação de 12,4%, atrás da China, alvo de críticas por Bolsonaro.

O intercâmbio comercial (soma de importações e exportações) atingiu o total US$ 45,6 bilhões no ano passado, queda de 23,8% em relação a 2019. É o pior resultado desde a crise financeira de 2009. Ou seja, em 11 anos.

Segundo a Amcham (Câmara Americana de Comércio), os efeitos negativos da pandemia e a queda do preço internacional do petróleo são alguns dos motivos da contração das trocas bilaterais em 2020. “O comércio entre Brasil e Estados Unidos é formado sobretudo por produtos de maior valor agregado, os mais afetados pela crise mundial”,disse Abrão Neto, vice-presidente executivo da Amcham.

Para 2021, a Amcham está otimista. Espera avanço da vacinação contra o coronavírus e a retomada mais forte das atividades econômicas nos EUA. O país passar por uma grande mudança na sua gestão econômicas. O democrata Joe Biden assumiu nesta semana a Presidência no lugar do republicano Donald Trump.

Na avaliação da CNI (Confederação Nacional da Indústria), o início do governo Biden permitirá a continuidade na agenda de acordos bilaterais visando preparar o empresário brasileiro para um livre comércio. “Esperamos que essa agenda seja acelerada nos próximos anos”, afirma Robson Braga de Andrade, presidente da instituição, em nota.

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