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Bahia teve queda no número de empresas de serviços em 2019, aponta Pesquisa Anual do IBGE

Elza Fiúza/Agência Brasil
Bnews - Divulgação Elza Fiúza/Agência Brasil

Publicado em 25/08/2021, às 11h28   Redação BNews


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Dados da Pesquisa Anual do IBGE divulgados nesta quarta-feira (25) mostram que a Bahia teve uma queda no número de empresas de serviços, principalmente com a redução no setor de atividades imobiliárias e da área de transporte. Entre 2018 e 2019, o setor empresarial de serviços viu seu tamanho encolher 2,1% na Bahia. Em um ano, o estado perdeu 1.056 empresas de serviços, passando de um total de 50.093 em 2018 para 49.037 em 2019. 

No total, são 2.032 empresas a menos no estado desde 2016%, quando o setor empresarial estava 4% maior. O setor volta a encolher depois de crscer 2,6% em 2018.

As informações do PAS 2019 trazem um retrato do setor de serviços não financeiros no país e em cada estado, tendo como universo de investigação as empresas formalmente constituídas, isto é, registradas no Cadastro Nacional da Pessoa Jurídica (CNPJ).

Mesma com a queda no número de empresas ativas, a Bahia viu crescer novamente a receita bruta dos serviços e viu novos postos de trabalho serem criados, apesar da crise econômica, com saldo positivo de 8.343 empregados (+ 35%) em outras atividades, acompanhado também pelo crescimento dos serviços de informação e comunicação, que gerou 3.247 postos de trabalho, representando um aumento de 14,9%.

A queda absoluta no número de empresas do setor de serviços na Bahia (-1.056) foi a sexta maior do país no período. Os piores resultados, em termos absolutos,  ocorreram no Rio de Janeiro (-2.462), no Ceará (-2.194) e em Mato Grosso do Sul (-1.808). Por outro lado, os maiores aumentos foram registrados em São Paulo (14.665), Santa Catarina (7.694) e Rio Grande do sul (5.850).

Propocionalmente, a queda registrada na Bahia (-2,1%) foi a 12ª mais intensa do país. Nesse indicador, Mato Grosso do Sul (-9,5%), Maranhão (-9,5%) e Ceará (-7,4%) tiveram os piores resultados, enquanto s maiores avanços percentuais ocorreram na Paraíba (11,8%), em Sergipe (10,1%) e Santa Catarina (9,5%).

O setor que representou a maior perda de empregos na Bahia entre 2018 e 2019 foi o de serviços profissionais, administrativos e complementares: de 232.597 para 223.332. (menos 9.265 empregados ou -4,0%). Ainda assim, era responsável por 4 em cada 10 pessoas ocupadas nas empresas de serviços na Bahia (41,6%).

O setor empresarial de serviços baiano também teve, em 2019, aumento da receita bruta pelo terceiro ano consecutivo. Ela ficou em R$ 62,898 bilhões, 8,5% maior em termos nominais (sem levar em conta a inflação do período) que a de 2018 (R$ 57,9178 bilhões). Chegou, assim, a seu maior patamar desde o início da nova série histórica da PAS, em 2007.

Desde 2012, a Bahia se mantém com a sétima maior receita bruta de serviços no país e lidera o ranking no Norte-Nordeste. São Paulo (R$ 837,3 bilhões em 2019), Rio de Janeiro (R$ 228,7 bilhões) e Minas Gerais (R$ 148,5 bilhões) aparecem à frente da Bahia nesta lista no Brasil.

De 2018 para 2019, a Bahia mostrou seu terceiro aumento seguido de participação na receita bruta total de serviços na região Nordeste, chegando a representar 31,5% no período pré-pandemia. 

Nos últimos 10 anos, contudo, a Bahia foi o o estado que mais perde participação na receita de serviços do Nordeste, já que em 2010 de 34,0% em 2010 para 31,5% em 2019.  Nesse intervalo de tempo, o Ceará foi quem mais ganhou participação na receita do setor na região (de 15,2% para 17,9%).

Na Bahia, o segmento de transportes, serviços auxiliares aos transportes e correio responde por mais de 1/3 da receita bruta dos serviços (36,4% ou R$ 22,9 bilhões). 

De 2018 para 2019, apesar de ter diminuído de tamanho, com menos empresas, esse grupo também teve o maior aumento absoluto na receita bruta (mais R$ 3,1 bilhão ou +15,4%), impactado principalmente pelo transporte rodoviário (mais R$ 1,8 bilhão, ou +16,1%).

No outro extremo, entre 2018 e 2019, a atividade de serviços de alojamento e alimentação (menos R$ 190,4 milhões ou -2,3%), o segmento de serviços de informação e comunicação (menos R$ 475,6 milhões ou -5,3%), a atividade de correio e outras atividades de entrega (menos R$ 54,8 milhões ou -11,8%) e o segmento de outras atividades de serviços (menos R$ 53,3 milhões ou -2,0%) tiveram quedas nominais na receita bruta.

Classificação Indicativa: Livre

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