Política

Guedes manda recado para Marinho: ‘se falou mal de mim, é despreparado, desleal e fura-teto’

Fabio Rodrigues Pozzebom/ Agência Brasil
O economista é contra a ideia do governo de utilizar verbas previstas para o pagamento de precatório no financiamento do Renda Cidadã  |   Bnews - Divulgação Fabio Rodrigues Pozzebom/ Agência Brasil

Publicado em 03/10/2020, às 09h19   Redação BNews


FacebookTwitterWhatsApp

O ministro da Economia, Paulo Guedes, reagiu mal à notícia que o titular da pasta de Desenvolvimento Regional, Rogério Marinho, teria confidenciado a investidores que o programa Renda Cidadã seria criado “do melhor ou do pior jeito” e que achava Guedes “um grande vendedor, bom na macroeconomia, mas fraco em questões microeconômicas”. 

Nesta sexta-feira (2), o economista disse inicialmente que não acreditava que o colega de governo o teria criticado. Em seguida, mandou o recado através dos jornalistas: “Agora, se falou, falou que está querendo furar teto, falou negócio de precatório. Se falou, já pode saber três coisas: é despreparado, é desleal e confirmou que é um fura-teto”. 

Guedes é contra a ideia da ala desenvolvimentista do governo de utilizar verbas previstas para o pagamento de precatório no financiamento do programa social. “Não pode ser financiado por um ‘puxadinho’, um ajuste. Não é assim que se financia o Renda Brasil [Renda Cidadã]”, destacou ele esta semana.

O Renda Cidadã tem como premissa se tornar um programa social mais abrangente que o Bolsa Família. A possibilidade de crescimento do teto de gastos públicos acima do limite ainda gera controvérsias.

Em nota, Marinho assegurou que as informações foram distorcidas:

“O ministro do Desenvolvimento Regional, Rogério Marinho, vem a público esclarecer as informações sobre a reunião realizada com pequeno grupo de economistas, na manhã desta sexta-feira, em São Paulo, e que chegaram a imprensa de maneira distorcida. A reunião teve o intuito de reforçar o compromisso do governo com a austeridade nos gastos e a política fiscal. Em sua fala, Rogério Marinho destacou que o governo reconhece a necessidade de construção de uma solução para as famílias que hoje dependem da auxílio emergencial e que essa solução será resultado de um amplo debate com o parlamento, em respeito à sociedade e às âncoras fiscais que regem a atuação do governo”.

Classificação Indicativa: Livre

FacebookTwitterWhatsApp