Na maratona de provas do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem), o domingo (25) ensolarado aquece a cabeça - e o juízo - dos candidatos. Guarda-chuvas (ou sol), papel para abanar, prender o cabelo, procurar uma sombra... Vale tudo para escapar do calor de 29°C.
"Está quente demais! É calor aqui fora e lá dentro, mas tem que esfriar a cabeça para fazer uma boa prova. O primeiro dia foi bom, tirando a prova de Química", conta Larissa Brito, 18 anos, enquanto ajeita os cabelos para aliviar o calorzão, em frente ao Colégio Estadual Mário Augusto Teixeira de Freitas, em Nazaré.
Com um panfleto, a estudante Leidiane Rodrigues, 28 anos, tentava espantar o clima quente durante a espera pela abertura dos portões do Teixeira. Ela e Neto Bastos, 20 anos, seu mais novo amigo de fila, que apostou na Guerra Síria como tema da redação. "Enquanto isso, a guerra é contra o sol e a água por R$ 5. Tem que relaxar", recomenda ele, que se protege com um boné desde às 8h, quando saiu de Lauro de Freitas, Região Metropolitana de Salvador.
Por falar em água, o vendedor ambulante Del do Lanche aproveita para vender água de coco, a fim de refrescar a espera. Tudo com um slogan convidativo: "é provar e aprovar", avisa, sobre o líquido gelado.
Quem chegou cedo e se refugiou em uma banca de revistas foi Patrícia Fernandes, 26 anos. Ela chegou muito cedo mesmo. "Cheguei quinta-feira em Salvador porque moro em São Paulo. Quando me inscrevi ainda estava aqui", explica a jovem candidata ao curso de Nutrição, que provou a água de coco, e aguardava mais tranquila.
Coladas ao muro do Colégio Estadual Severino Vieira, em Nazaré, as também novas amigas Juliana Fiuza, 18 anos, e Kalina Barros, 17 anos, aguardam "um pouco ansiosas" a abertura dos portões. "Cheguei cedo e me escondi do sol para não doer a cabeça. Estou aqui pensando qual vai ser o tema da redação, mas não consigo ter um palpite", diz Juliana, que pretende cursar Odontologia em universidade pública.
Os portões foram abertos às 11h, horário local. Agora, é correr por um bom resultado.
