Educação

APLB alfineta Neto sobre salário do professor: não paga melhor que Estado

Publicado em 17/07/2017, às 09h48   Redação BNews


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O coordenador-geral da APLB-Sindicato, professor Rui Oliveira, criticou as gestões do governo da Bahia e da prefeitura de Salvador no quesito Educação. Segundo ele, ambas estão no mesmo patamar. "Acho que as duas redes deixam muito a desejar. As escolas municipais estão sucateadas, verdadeiras pocilgas. É só ver quantos secretários foram mudados neste período. O problema é de gestão. Falta pessoa com visão mais completa da eduação. Já na estadual falta pessoal de apoio, terceirizado principalmente", afirmou.
Questionado sobre uma pesquisa da prefeitura que aponta que o salário de professores municipais em Salvador é 58% maior que índice nacional, Rui rebateu. "Cada um tem sua estatística e sua realidade. Depende da ótica como ele pegou. Eu não conheço esta pesquisa. Seria necessário que ele publicizasse esta pesquisa. Tanto na rede municpal e Estadual. Pode botar professores da rede estadual com remuneração melhor, mas que tem doutorado. E a prefeitura não paga melhor que o Estado".
Os dados mostram que o salário médio padronizado para 40 horas semanais de Salvador é 58% superior ao índice geral dos municípios brasileiros. Quando comparado ao estado da Bahia, essa diferença se aproxima de 57%. O levantamento, feito com base no ano de 2014, indica o valor de R$ 5.368,48 como média de remuneração dos professores municipais de Salvador ante R$ 3.116,35 dos municípios brasileiros e R$ 3.148,48 da rede estadual de ensino da Bahia. O estudo foi desenvolvido pelo Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep), órgão ligado ao Ministério da Educação (MEC).
Assembleia
Na terça-feira (18), a APLB Sindicato realiza uma assembleia geral, no Ginásio dos Bancários, em Salvador. Na semana passada, o sindicato se reuniu com representantes de escolas da rede municipal e discutiu propostas que serão levadas para apreciação e deliberação da assembleia, dando continuidade à agenda de mobilização da campanha salarial 2017. Na oportunidade, os educadores podem definir se entram em greve.
Mas, de acordo com informações obtidas pelo BNews, nem todos os professores da rede municipal estão de acordo com o sindicato que representa a categoria. “Na próxima Assembleia vamos votar contra a greve, não podemos entrar nesse jogo da prefeitura e a APLB. Vamos lembrar da greve de 2016, quando iniciamos uma greve precipitada apenas pela reserva, que gerou desgaste para não lutar pelo reajuste. Vamos mostrar a realidade para nossas comunidades, chamar os pais para nosso lado”, informa trecho de uma convocação enviada ao site.
Ainda de acordo com esta parte da categoria, na quarta-feira (19), eles prometem convocar os pais dos alunos para mostrar “todas as mazelas”, como “falta de materiais pedagógicos, materiais didáticos, de professores, de gás e merenda escolar, e também falta de fardamento há três anos”.

Classificação Indicativa: Livre

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