Educação

Reitor da Ufba diz que corte em orçamento é “descabido” e prejudica funcionamento "completamente"

Vagner Souza/ BNews
A universidade é espaço de boa extensão, ensino de qualidade e expressão democrática”, rebateu reitor  |   Bnews - Divulgação Vagner Souza/ BNews

Publicado em 30/04/2019, às 10h14   Bruno Luiz


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O reitor da Universidade Federal da Bahia (Ufba), João Carlos Salles, rechaçou o corte de 30% no orçamento da instituição pelo governo do presidente Jair Bolsonaro.

De acordo com ele, as motivações apresentadas pelo Ministério da Educação (MEC) para justificar o bloqueio são “descabidas”. Titular da pasta, Abraham Weintraub afirmou que vai cortar recursos de universidades que não apresentarem desempenho acadêmico esperado e, ao mesmo tempo, estiverem promovendo “balbúrdia”. Segundo ele, além da Ufba, a Universidade Federal Fluminense (UFF) e a Universidade de Brasília (UnB) também se enquadram nesses critérios. 

“Estamos apurando essa motivação. A menção de balbúrdia é estranha. A universidade é um espaço de boa extensão, ensino de qualidade e expressão democrática”, rebateu o reitor. Ainda de acordo com ele, os indicadores da universidade melhoraram e continuam em processo de crescimento. 

Salles também confirmou que o bloqueio no orçamento já foi feito e que, caso não seja revertido, vai prejudicar “completamente nosso funcionamento.” “Impacta em limpeza, luz elétrica, todas as atividades de custeio”, alertou.

O reitor ainda afastou a possibilidade de greve na universidade, caso as atividades sejam inviabilizadas. “Isso não está na nossa pauta. Nossa pauta é esclarecer as motivações e tomar as medidas”, disse, sem detalhar, no entanto, quais seriam as medidas.

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