Educação

Inep se recusa a divulgar critérios para suspensão de questões ‘ideológicas’ no Enem

Agência Brasil
Instituto confirmou que foi criada uma comissão para selecionar as perguntas do exame  |   Bnews - Divulgação Agência Brasil

Publicado em 03/11/2019, às 09h05   Yasmin Garrido



Mais de cinco milhões de brasileiros fazem, neste domingo (3), a primeira parte das provas do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem). De acordo com o Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep), número de inscritos é o mais baixo desde 2010.

As provas deste ano terão uma diferença: as questões de cunho “ideológico” foram banidas da seleção pelo governo federal. Por meio de lei de acesso à informação, o Inep confirmou que uma comissão foi criada neste ano para suspender as questões consideradas “impróprias”.

Em resposta ao pedido, o Inep se recusou a informar quais são as questões ou os critérios concretos para enquadrar as perguntas como ideológicas. O argumento utilizado pelo órgão é o possível prejuízo à prova.

"O parecer da Comissão não está disponível para divulgação uma vez que diz respeito a todo o Banco Nacional de Itens do Enem, o que impacta as tomadas de decisão relativas à edição 2019", escreveu.

O ministro da educação, Abraham Weintraub afirmou, nesta sexta-feira (1º), que, se alguma questão ideológica for identificada nas provas, é porque “escapou”. “Pode ter uma questão ou outra que escapou. Olha, se tiver, eu sou o culpado”.

As provas do Enem acontecem em dois domingo de novembro, neste (3) e no próximo (10), e as notas do exame podem ser aproveitadas para o ingresso em universidades públicas federais, por meio do Sisu, ou de universidades particulares com o ProUni e o Fies.

Classificação Indicativa: Livre

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