Rui Costa pede compreensão de empresários da educação sobre retorno das aulas

O governador da Bahia, Rui Costa (PT), pediu compreensão aos empresários do setor de Educação na discussão sobre a retomadas das aulas presencias na Bahia. O petista destacou que seria incoerente a volta às aulas presenciais enquanto a pandemia do coronavírus volta a avançar no estado. O governador declarou que entende os pleitos e a preocupação do setor, mas que uma volta presencial neste momento poderia sobrecarregar o sistema de Saúde da Bahia. 

Nesta segunda-feira (15), Rui comemorou a derrubada pelo Tribunal de Justiça da Bahia (TJ-BA) dos efeitos das liminares que autorizavam o retorno às aulas no Estado e nas escolas particulares de Salvador. 

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"Meu agradecimento ao Tribunal de Justiça da Bahia pelas decisões favoráveis à vida. A Corte compreendeu o momento preocupante que vivemos e colocou a saúde de baianos e baianas em primeiro lugar [...] É preciso responsabilidade e muita seriedade para enfrentar este fase crítica da pandemia, quando registramos alta na ocupação de leitos e de óbitos pela Covid-19 na Bahia. Parabenizo a PGE pela atuação rápida e assertiva no caso. O desejo de retomada das aulas é grande, mas ainda não é o momento", afirmou o governador.

O secretário estadual da Educação, Jerônimo Rodrigues (PT), ressaltou o momento de crescente alta de casos de covid-19, doença causada pelo coronavírus, exige atenção do Executivo estadual antes de tomar uma decisão sobre o tema.

"Nós não temos essa condição agora [ de voltar]. Neste último final de semana, por exemplo, o governador foi muito duro com a sociedade baiana garantindo que a gente não pode vacilar. Em quatro dias tivemos a média de 60% de óbitos diariamente, então, não estamos dispostos a aumentar esses números. Temos municípios no estado da Bahia, como Itabuna, Ilhéus e Feira de Santana, que estão com saturação de leitos, chegamos a 100% de ocupação. Aqui, em Salvador, nós estamos com a média de 70 a 75% de leitos ocupados. Todos nós estamos muito agoniados, queremos voltar às aulas, é prejuízo para [o ensino] infantil, de adultos, seja na creche e nas universidades, temos essa clareza", afirmou o secretário, em entrevista à TV Record Itapoan nesta terça-feira (16).