Educação

"Estamos preocupados com as pessoas mais carentes", justifica Bruno Reis sobre o adiamento do retorno das aulas

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A declaração do democrata foi em resposta ao questionamento do apresentador José Eduardo sobre os protestos de um grupo de mães e pais de crianças que pedem a retomada do ensino escolar  |   Bnews - Divulgação Reprodução/TV Itapoan

Publicado em 19/02/2021, às 13h59   Luiz Felipe Fernandez


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O prefeito de Salvador, Bruno Reis (DEM), afirmou nesta sexta-feira (19) em entrevista ao Balanço Geral, da TV Itapoan, que o adiamento do retorno das aulas presenciais se deve principalmente à dificuldade da população mais pobre de manter um certo distanciamento dentro da própria casa.

A declaração do democrata foi em resposta ao questionamento do apresentador José Eduardo sobre os protestos de um grupo de mães e pais de crianças que pedem a retomada do ensino escolar. Na última semana, foram registrados atos em frente à residência do prefeito e também na frente da AL-BA.

"É fácil fazer isolamento social em casa ampla, com vários quartos. Mas e quem mora na periferia da cidade? Como fazer isolamento social? Seis, sete pessoas no mesmo cômodo. Estamos preocupados com as pessoas mais carentes", explicou Reis durante o programa, que também teve a participação do governador Rui Costa (PT).

Apesar do risco menor tanto de contaminação quanto de sintomas mais graves, as crianças, como lembra o prefeito, podem se tornar vetores do vírus Sars-Cov2, que já tem passado por mutações e gerado novas variantes, possivelmente mais contagiosas.

Essa hipótese é levantada pelo próprio prefeito, que indaga o número de atendimentos hospitalares quando se compara à taxa de contaminação.

"Em menos de dez dias, a pandemia ganhou outra proporção em Salvador, que não era prevista. Até quando a gente analisa os dados epidemiológicos, eles não justificam o número de atendimentos. É o que nós sempre dissemos, que poderia chegar uma segunda cepa ainda mais agressiva e isso está acontecendo", disse Bruno, ao justificar a volta de medidas restritivas.

Bruno Reis reiterou o desejo tando dele quanto do governador Rui Costa (PT) de anunciar a volta das aulas presenciais, principalmente por prejudicar ainda mais o ano letivo, mas que os critérios estabelecidos em reuniões com autoridades não permitem definir a data para a retomada das aulas.

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