Educação

APLB mantém estado de greve e faz carreata contra retorno de aulas em Salvador

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Manifestação será na segunda (17), com saída no Vale do Canela, a partir das 10h  |   Bnews - Divulgação Reprodução/YouTube

Publicado em 13/05/2021, às 17h32   Lara Curcino


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Em reunião da Associação dos Professores Licenciados do Brasil - Secção Bahia (APLB-Sindicato) realizada na tarde desta quinta-feira (13), trabalhadores da educação mantiveram estado de greve e decidiram pela continuidade das aulas remotas em Salvador. 

Foi definida ainda a posição de retorno às atividades presenciais nas escolas somente após os profissionais da área estarem vacinados com ambas as doses. 

Ao todo, 92,8% dos presentes na reunião virtual votaram contra seguir as medidas de volta às aulas da Secretaria Municipal de Educação (SMED), anunciadas em 23 de abril.

A entidade entrou ainda com uma representação no Ministério Público da Bahia (MP-BA) com o pedido de investigação de denúncias recebidas pelo sindicato. De acordo com a APLB, as acusações apontam que pais de alunos da rede municipal receberam ameaças de corte de benefícios sociais caso não colaborassem com o retorno às instituições de ensino.

A categoria também entrou em acordo para realizar uma carreata na próxima segunda-feira (17), a partir das 10h, com saída do Vale do Canela. Eles devem seguir até à sede da pasta da Educação de Salvador, na Av. Anita Garibaldi. Na reunião, a diretor da APLB, Elza Melo, disse que o ato seria em protesto "às arbitrariedades da SMED". 

"Vamos levar cartazes, panela, bandeiras, para fazer barulho. Vamos mostrar para a população o motivo da nossa luta. Além disso, vamos entregar os ofícios ao secretário, Marcelo Oliveira, para comunicar que a categoria está em estado de greve", afirmou. 

Uma nova reunião foi marcada para a próxima quinta-feira (20). Ao BNews, o coordenador-geral da APLB, Rui Oliveira, afirmou que o sindicato busca uma reunião com a Prefeitura de Salvador para entrar em um acordo. 

“Nós queremos sentar à mesa com a gestão municipal para estabelecer um pacto em defesa da vida e da educação. O que vamos sugerir é que continuem as aulas remotas até o meio de junho, quando a gente espera que a categoria já esteja vacinada, e a partir daí começamos as aulas presenciais. Para se ter uma ideia, tenho aqui comigo uma lista de 10 pessoas da rede municipal de ensino, entre professores e outros funcionários, que foram contaminados com coronavírus após o retorno das escolas”, disse ele.

Confira vídeo da convocação para a carreata:

Classificação Indicativa: Livre

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