Educação

Professores e governo não se entendem

Imagem Professores e governo não se entendem
Segundo Rui Oliveira, projeto não atende reivindicações da categoria   |   Bnews - Divulgação

Publicado em 13/04/2012, às 06h40   Luiz Fernando Lima



Para que a greve termine o governo precisa atender ao acordo firmado em novembro de 2011. A afirmação é do primeiro secretário da APLB Sindicato, Rui Oliveira. Já o secretário estadual da Educação, Osvaldo Barreto, nega o descumprimento do combinado.

Os discursos são antagônicos e a promessa é de que o imbróglio permaneça até que haja um entendimento entre governo estadual e professores. Sobre o que diz Barreto, Oliveira responde com uma pergunta: se eles cumpriram o acordo porque estamos em greve?

Outro ponto sem resolução é o projeto enviado à Assembleia Legislativa na manhã desta quinta-feira (12). O líder da bancada governista, Zé Neto (PT), ressalta que vai buscar o entendimento com a oposição para votá-lo na próxima terça-feira (17).

Segundo o petista, em caso de aprovação o salário dos professores ficará em torno de R$ 1.650. Acima, portanto, do piso nacional determinado pelo governo federal de R$ 1.451. “Vamos buscar colocá-lo em regime de urgência ou através de acordo. Independente disso quero deixar claro que estou com as portas abertas para negociar com a categoria”.

O líder da minoria, Paulo Azi (DEM), conversou com a reportagem do Bocão News pouco antes de chegar á Assembleia Legislativa nesta quinta. Ele revelou que ainda não tem maiores informações sobre o projeto enviado pelo governo estadual à Casa.

De acordo com Azi, se o projeto contemplar as expectativas da categoria, ele vai assinar o acordo para votar na próxima semana. No entanto, o representante do Democratas pondera que nenhuma decisão será tomada antes de conversar com a categoria.

“Vou olhar o projeto e conversar com a APLB. A princípio, pelo que vimos e ouvimos, não houve entendimento entre governo e professores. O projeto não atende aos interesses da categoria, mas ainda preciso ver o projeto”.

Rui Oliveira diz que o projeto não resolve as questões que levaram a categoria à paralisação. Para o sindicalista, o importante é o cumprimento dos 22% para este ano. “O acordo é que o reajuste dado pela presidente Dilma Rousseff será dado pelo governo Jaques Wagner. Isso não aconteceu”, concluiu.

No site oficial da APLB foi divulgada uma agenda de ações para os próximos dias. Confira:

12/04 (QUINTA-FEIRA) – REUNIÕES ZONAIS (9h)

13/04 (SEXTA) – MOBILIZAR A COMUNIDADE ESCOLAR

16/04 (SEGUNDA) – REUNIÃO DO COMANDO DE GREVE (9h)

17/04 (TERÇA) – REUNIÕES ZONAIS (9h)

18/04 (QUARTA) – ATO NA GOVERNADORIA (9h)

19/04 (QUINTA) – ASSEMBLEIA (9h)

ANOTE AS ZONAIS:

CENTRO: COLÉGIO CENTRAL

BROTAS: COLÉGIO LUÍS VIANNA

CIDADE BAIXA: COLÉGIO LUÍS TARQUÍNIO

LIBERDADE: COLÉGIO ANÍSIO TEIXEIRA

SÃO CAETANO: COLÉGIO PINTO DE CARVALHO

ORLA I: COLÉGIO MANOEL DEVOTO

ORLA II: COLÉGIO LOMANTO JÚNIOR

CABULA: COLÉGIO ROBERTO SANTOS

PERIFÉRICA: VALE DOS LAGOS

SUBÚRBIO: COLÉGIO CASTELO BRANCO

Nota originalmente publicada às 14h50 do dia 12

Classificação Indicativa: Livre

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