O governo do Estado decidiu nesta quinta-feira (17) pagar os salários cortados dos professores caso a categoria suspenda a greve imediatamente e retorne às aulas.
“Sempre aberto ao diálogo e com o objetivo de garantir o retorno das aulas na rede estadual de ensino, o Governo do Estado da Bahia informou ao arcebispo de Salvador, Dom Murilo Sebastião Ramos Krieger, que assegura a continuidade do diálogo com os professores e que não efetuará a suspensão do pagamento do salário do mês de maio, caso a categoria retorne, imediatamente, às atividades”, afirma nota enviada à imprensa pela secretaria de Educação.
No comunicado, a pasta também propõe criar um calendário em conjunto com a categoria para a reposição das aulas e “o cumprimento do ano letivo em sua totalidade”, além de oferecer aos professores o pagamento do salário cortado do mês de abril.
O recuo do governo, entretanto, não comoveu os professores. A categoria não pretende suspender a greve. “A greve continua. Eles confiscaram nossos salários e agora estão voltando atrás. Ninguém entrou em greve porque os salários foram suspensos. Amanhã vamos fazer passeata do Largo dos Mares em direção à Igreja do Bonfim a partir das 9h”, afirmou Rui Oliveira, coordenador-geral da APLB (Sindicato dos Trabalhadores em Educação do Estado da Bahia), em contato com a reportagem do Bocão News.
Os manifestantes cobram reajuste de 22,22% para que a categoria atinja o piso salarial de R$ 1.451,00, como está previsto em portaria do Ministério da Educação (MEC) e conforme foi acordado com o Governo do Estado no ano passado.