Educação

"Cortaram nosso informe da TV. Não querem que a verdade seja dita"

Imagem "Cortaram nosso informe da TV. Não querem que a verdade seja dita"
Rui Oliveira denuncia censura e afirma: "Governo ao invés de dialogar, castiga"  |   Bnews - Divulgação

Publicado em 20/06/2012, às 13h03   Caroline Gois Twitter (@goiscarol)



O presidente da Associação dos Professores do Estado da Bahia (APLB), Rui Oliveira, soltou o verbo em entrevista concedida na manhã desta quarta-feira (20), na Rádio Sociedade, ao Programa do Bocão.
O professor afirmou que "cortaram nosso informe publicitário na TV. Não querem que a verdade seja dita". Segundo ele, "um corretor me procurou e paguei R$ 14.300 mil por um informe que não saiu. Era para sair na segunda e nada e agora, disseram que vai sair hoje", disse.
Ainda conforme Rui, o corretor que o procurou prometeu que o informe sairia na TV Bahia. "Fiz o pagamento em cheque. Mas desconfiamos não ter saído conforme prometido. A mesma mão que cortou o salário dos professores pode estar por trás", denunciou. 
Rui Oliveira reafirmou a permanência da greve e disse que "O Governo, ao invés de dialogar quer castigar. A categoria está resisitindo e a greve continua. Vamos continuar até que o Governo negocie", afirmou.
Segundo Rui, o informe publicitário veiculado pelo Governo do Estado é falso e os valores de reajustes divulgados não conferem com o contra-cheque dos professores. "O Governo não deu reajuste nenhum. Mostramos o contra-cheque. Ninguém acredita nisso. Ele está tirando.  não tá dando nada".

A greve


Os 1.252 professores convocados em caráter de emergência pela Secretaria de Educação do Estado da Bahia (SEC), devem comparecer até às 16h desta quarta ao Instituto Anísio Teixeira (IAT), na Paralela, para buscar o cronograma das aulas que serão dadas aos cerca de 72 mil alunos do 3º ano do ensino médio, que estão sendo prejudicados pela greve na rede pública, que completa 71 dias. A informação foi publicada no Diário Oficial de terça-feira (19).
De acordo com a SEC, as aulas devem começar na próxima segunda-feira (25) na capital, com objetivo de diminuir os impactos causados pela paralisação a quatro meses do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem), porta de entrada para diversas universidades públicas e privadas do País. A convocação foi direcionada a 546 professores em estágio probatório e a 706 em Regime Especial de Direito Administrativo (Reda). 


Em assembleia realizada na manhã de terça-feira (19), a categoria decidiu em manter a greve que hoje, completa 70 dias.
Além disso, o presidente da Associação dos Professores do Estado da Bahia (APLB), Rui Oliveira, informou que na quinta-feira (21) um ato público será realizado no Campo Grande. às 9h. "Havíamos enviado contra-proposta e não tivemos retorno do Governo. Sem resposta do Estado, a greve continua", afirmou Rui.
Na próxima terça-feira (26) uma nova assembleia será realizada, às 9h.

Foto: Gilberto Junior// Bocão News

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