Escola municipal “funciona na pendenga”, dispara mãe de aluno
“Este é o retrato da rede”, minimiza secretário João Carlos Bacelar |
Publicado em 12/06/2013, às 06h02 Fabíola Lima (Twitter: @fabiolalimaa)
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Entre dias alternados, o ano letivo da escola municipal Cardeal da Silva, no IAPI, não iniciou bem. Depois de ficarem quase três meses sem aula por conta de problemas na infraestrutura da instituição, alunos do ensino fundamental voltaram às aulas nesta terça-feira (11). De acordo com uma mãe que buscava o filho de cinco anos no colégio mesmo com o retorno das aulas, a escola municipal Cardeal da Silva deixa a desejar. “Meu filho só estuda aqui porque eu não tenho condições de pagar uma escola particular. Mas ele se quer tem área de recreação e a escola parece abandonada com matos nos espaços em que deveria ser de atividade recreativa para as crianças”, denunciou a doméstica Márcia Leal.
Por telefone, uma funcionária que preferiu não ser identificada confirmou os problemas na escola, mas assegura que a secretaria de Educação do município resolveu. “A escola ficou três semanas sem aula por conta de problemas na caixa d’água, o que gerava problemas na produção das merendas, mas depois as aulas voltaram ao normal”, explicou a funcionária. Entretanto, o que foi chamado de “normal”, para a Márcia fica ainda a expectativa de melhorias. “Eles dizem o que querem, meu filho estuda nesta escola e eu é que sei o que tenho passado: falta de aula, falta merenda, falta estrutura, funciona na pendenga”, disparou a mãe.
Mas, o secretário de Educação do município minimizou. “Este é o retrato da rede. Há o projeto de reformar e construir novas escolas em Salvador, já que os imóveis que abrigam as instituições na cidade são velhos, passivo a este tipo de problema. São cerca de 430 escolas na capital baiana em situações semelhantes. O objetivo é que em quatro anos consigamos cumprir as reformas em 70 escolas a cada ano. Sobre a escola Cardeal da Silva, o problema foi parcialmente resolvido. Ainda não substituímos a caixa d’ água, mas já tem água na escola e as atividades voltam ao normal”, justificou o secretário.
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