Educação

Estudantes de universidade brasileira entram em greve; saiba qual

Marcos Santos / USP Imagens// Jornal da USP
Durante uma assembleia realizada na terça-feira (19), os representantes dos diretórios acadêmicos votaram a favor da greve  |   Bnews - Divulgação Marcos Santos / USP Imagens// Jornal da USP

Publicado em 21/09/2023, às 15h45   Cadastrado por Mariana De Siervi


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Os alunos da Universidade de São Paulo (USP) decidiram entrar em greve nesta quinta-feira (21), devido a conflitos relacionados à falta de professores na Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas (FFLCH).  As informações são da Folha de São Paulo.

De acordo com a reitoria da universidade, foram disponibilizadas 879 vagas de docente para todas as unidades, incluindo 70 para a FFLCH, que ainda precisa realizar concursos para preencher essas vagas.

Durante uma assembleia, realizada na última terça-feira (19), os representantes dos diretórios acadêmicos votaram a favor da paralisação, mas cabe aos alunos de cada unidade decidirem se irão cooperar ou não à greve.

Alguns dos organizadores ameaçaram invadir as salas de aula para evitar que as aulas ocorressem durante a paralisação.

Os problemas surgiram na noite de segunda-feira (18), quando estudantes dos cursos de Letras e Geografia realizaram uma manifestação em protesto contra a falta de professores.

Por volta das 19h, a diretoria da FFLCH enviou um e-mail aos estudantes informando que todas as atividades estavam suspensas. Em seguida, os prédios foram esvaziados e trancados, devido à invasão. A Guarda Universitária foi acionada e as viaturas da Polícia Militar foram enviadas ao local.

A direção da unidade não se manifestou quando procurada. Após a ação, alunos de outros cursos da FFLCH, como Ciências Sociais, História e Filosofia, pretendem apoiar a paralisação.

Um grupo de aproximadamente mil estudantes foi ao prédio administrativo em um protesto para exigir a reabertura das unidades. O ato bloqueou a entrada do prédio, impedindo o diretor da FFLCH, Paulo Martins, de entrar. Isso resultou em uma discussão acalorada e troca de xingamentos entre ele e os alunos.

Após o ocorrido, representantes dos centros acadêmicos se reuniram com o diretor e apresentaram uma lista de demandas: a liberação dos prédios, a retirada dos agentes de segurança dos espaços estudantis, o agendamento de uma reunião entre a reitoria da USP e os alunos, e uma manifestação pública de Martins.

Os dois primeiros pontos foram atendidos, enquanto os demais estão em processo de negociação.

APOIO DE PROFESSORES

Na tarde desta quinta-feira (20), os professores da FFLCH anunciaram seu apoio à greve iniciada pelos alunos. A iniciativa foi aprovada em uma assembleia, e a paralisação dos docentes deve durar, pelo menos, até a próxima terça-feira (26), quando uma nova deliberação estiver agendada.

Michele Schultz, presidente da Associação de Docentes da Universidade de São Paulo, ressalta que é impossível ter uma mobilização ativa sem a participação das aulas. Ela afirma: "As demandas dos estudantes também são do nosso interesse."

Os demais funcionários da FFLCH também estão discutindo a possibilidade de adesão ao protesto.

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