Eleições / Eleições 2022

Ao menos 50 militares já declararam que querem disputar a eleição

Marcelo Camargo/Agência Brasil
Bnews - Divulgação Marcelo Camargo/Agência Brasil

Publicado em 05/06/2022, às 18h33   FÁBIO ZANINI SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS)


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Cerca de 50 militares egressos das Forças Armadas já declararam intenção de disputar a eleição deste ano. A contabilidade, ainda não totalmente finalizada, está sendo feita pelo deputado federal General Peternelli (União-SP), uma espécie de coordenador informal da bancada militar. A maioria é de reformados, mas há também alguns da ativa, que podem se licenciar para se candidatar, mas têm de ir para a reserva em caso de vitória.

Apesar dos quatro anos de governo Jair Bolsonaro (PL), em que diversos militares tiveram posições de destaque na administração, o número deve se manter estável com relação às eleições de 2018, afirma Peternelli, que é candidato à reeleição. "Temos hoje seis deputados militares, o que é normal dentro da proporção que representam na população brasileira", diz ele. A conta não inclui PMs, apenas egressos do Exército, Marinha ou Aeronáutica.

Até aqui, o Rio de Janeiro é o estado com mais candidatos (9), seguido de Distrito Federal (7) e São Paulo (6). Os partidos escolhidos estão no espectro do centro para a direita, incluindo União Brasil, MDB, PMB, PSDB, PL, Pros, PRTB e PTB.

A relação inclui em sua maioria postulantes a cargos no Legislativo, mas há também para funções executivas. Entre os militares mais conhecidos a disputar um cargo público estão, além do próprio Bolsonaro, o atual vice-presidente, Hamilton Mourão (Republicanos), que tentará o Senado pelo Rio Grande do Sul, e o general Walter Braga Netto (PL), que deve ser o novo companheiro de chapa do presidente.

Na conta aparece também Tarcísio de Freitas (Republicanos), pré-candidato ao governo de São Paulo, que é capitão da reserva do Exército. Outro general, Carlos Alberto dos Santos Cruz (Podemos), poderá ser candidato ao Congresso ou até à Presidência. "Temos a preocupação de separar a política das atividades dentro dos quartéis. E tem que ser assim, é preciso preservar a instituição militar", afirma Peternelli.

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