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Campanha de Bolsonaro "dobra a aposta" e pede auditoria de inserções por rádios no 1º turno

Isaac Nóbrega/PR
Nova estratégia faz parte da ofensiva da campanha bolsonarista de acusar rádios de todo o país, diz colunista  |   Bnews - Divulgação Isaac Nóbrega/PR

Publicado em 26/10/2022, às 18h24   Cadastrado por Eduardo Dias


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A campanha do presidente Jair Bolsonaro (PL) decidiu dobrar a aposta e pediu nesta quarta-feira (26) uma auditoria das inserções do programa eleitoral gratuito por rádios no 1º turno em todo o Brasil. O ministro das Comunicações, Fábio Faria, havia acusado rádios do interior do Brasil, especialmente das regiões Norte e Nordeste, de não veicularem inserções da campanha do presidente ao longo do segundo turno. 

De acordo com o colunista do Metrópoles, Igor Gadelha, a nova estratégia faz parte da ofensiva da campanha bolsonarista de acusar rádios de todo o país de terem deixado de exibir inserções de Bolsonaro durante a campanha eleitoral deste ano.

A campanha, inclusive, entregou na terça-feira (25), um relatório ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE) com um “estudo técnico parcial” apontando que as emissoras de rádio teriam deixado de exibir inserções durante o segundo turno.

Segundo Farias, Bolsonaro teve 154 mil inserções a menos que o ex-presidente Lula (PT). A gestão federal diz que, pelos cálculos, se somados todos os minutos que não foram veiculados, Bolsonaro teve 53 dias de campanha a menos. A descoberta, segundo o governo, foi feita após uma auditoria no plano de mídia da campanha.

Bolsonaro, inclusive, se manifestou nesta quarta sobre o caso e afirmou, sem provas, que "tem dedo do PT nisso". 

“Deixo bem claro, é um assunto do momento, mais uma do TSE. Vocês estão acompanhando as inserções do nosso partido que não foram passadas em dezenas de milhares de rádios pelo Brasil. Sou vítima mais uma vez. Onde poderiam chegar as nossas propostas, nada chegou. Aí tem dedo do PT. Não tem uma coisa errada no Brasil que não tenha dedo do PT. O que foi feito, comprovado por nós, pela nossa equipe técnica é interferência, é manipulação de resultado. Eleições têm que ser respeitadas, mas lamentavelmente, PT e TSE têm muito que se explicar nesse caso”, disse.

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