Política

Jaques Wagner articula com líderes nacionais para evitar casamento do PDT com ACM Neto

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Segundo Jaques Wagner, legenda tem “proximidade programática” com o PT  |   Bnews - Divulgação Vagner Souza/BNews

Publicado em 27/01/2022, às 16h41   Luiz Felipe e Eliezer Santos


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O senador Jaques Wagner, pré-candidato do PT ao governo da Bahia, ainda espera contar com o apoio do PDT na corrida pelo Palácio de Ondina e, para isso, passou a dispensar energia nas negociações com dirigentes nacionais da legenda, uma vez que o diretório baiano está inclinado em apoiar seu oponente ACM Neto (DEM/União Brasil).

Wagner argumenta que a sigla tem “proximidade programática” com o PT e que ainda não viu quais proveitos ela tem “do lado de lá”, referindo-se ao futuro União Brasil. 

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“Eu não mando no PDT. Eu estou conversando com o PDT nacional, já o PDT estadual disse que não quer conversa com o PT, o que é um direito dele. Só que eu acho que o PDT tem muito mais proximidade programática conosco do que com o União Brasil. E até agora eu não estou vendo nada que o PDT ganhe do lado de lá”, declarou o senador durante uma agenda com o governador Rui Costa (PT), nesta quinta-feira (27), Centro Administrativo da Bahia (CAB), em Salvador.

Jaques Wagner comentou ainda sobre ACM Neto deixar em aberto qual com qual presidenciável caminhará este ano. Diferente da dobradinha Wagner-Lula, Neto já fez acenos a Ciro Gomes (PDT) e, recentemente, a Sérgio Moro (Podemos), reforçando a ideia de “palanque aberto”, como o BNews mostrou nesta quarta.

ACM Neto também já declarou em outras ocasiões que não descarta a possibilidade de lançar um candidato próprio do União Brasil ao Planalto.

“Ele prometeu apoiar o Ciro, agora tá dizendo que não vai apoiar ninguém. Eu não tô entendendo o que o PDT vai fazer lá, mas repare, não sou eu que decido. Eu só tenho o direito de conversar com muitos amigos daqui da Bahia e nacionais do PDT. Os deputados estaduais do PDT estão colados com a gente, os federais, aliás, se elegeram na coligação da gente, não se elegeram na coligação de lá, mas vou respeitar. Ciro é candidato? Isso não é o problema. Rui foi candidato e Lídice foi candidata, mas tivemos a relação. Só não podem me impedir de conversar”, argumentou Wagner.

Questionado sobre eventual encontro com Carlos Lupi, presidente do PDT, Wagner relatou tentativas, ainda sem sucesso, para afinar as discussões.

“Não, liguei pra ele, mandei uma mensagem. Ele me ligou, não consegui atender...e vou conversar. Agora, se ele tomar decisão diferente, tudo bem. Eu só não estou entendendo qual é o lucro do lado de lá”.

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