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Ouça o 'áudio bomba' de Luciano Hang que o PT está usando em corrida eleitoral

Alan Santos/PR
O áudio de Luciano Hang, aliado de Bolsonaro, teria sido gravado em 2018  |   Bnews - Divulgação Alan Santos/PR

Publicado em 23/10/2022, às 08h37   Cadastrada por Nilson Marinho


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A campanha do Partido dos Trabalhadores de Santa Catarina começou a divulgar neste fim de semana um áudio do empresário Luciano Hang, aliado do candidato à reeleição Jair Bolsonaro (PL), sugerindo a demissão de professores numa suposta retaliação à cobrança de impostos do governo, que exigia o tributo com a justificativa de pagar os profissionais da educação.

O áudio teria sido gravado em 2018 numa reunião do empresário dono da Havan com o secretário da Fazenda catarinense Paulo Eli. A gravação foi exibida no programa eleitoral do candidato do PT ao governo de Santa Catarina, Décio Lima, como uma forma de lembrar aos eleitores que Hang apoia o senador Jorginho Mello, que disputa com Décio o segundo turno.

No primeiro turno das eleições, Mello teve 38,61% dos votos válidos, enquanto o petista ficou com 17,42%.

“Atrasa o salário, atrasa o salário. Paulo, vai me desculpar, atrasa o salário, demita (…) vocês tão pensando só no imposto de vocês pra pagar o diabo dos professor. Demite a metade”, disse Hang.

Posicionamento

Em nota, a assessoria de comunicação de Hang afirmou que o encontro ocorreu em abril de 2018, quando alguns empresários da indústria têxtil se reuniram com o secretário para informar que não aceitavam o aumento de 5% que o estado queria colocar sobre a alíquota do setor. Diz ainda que o trecho da conversa foi tirado de contexto 

“O estado alegava que precisava de dinheiro para pagar salários, mas batemos o pé e, por fim, não aumentaram o imposto como também não atrasaram salários de ninguém. Depois, também perderam na Assembleia Legislativa. O que eles queriam, na realidade, eram argumentos para que a indústria têxtil aceitasse o aumento de 5%”, explicou o empresário por meio de sua equipe.

“Deveriam ter divulgado a reunião toda, pois daí entenderiam a discussão que tivemos para não deixar aumentar alíquota da indústria têxtil. Eu, como comerciante, posso comprar de qualquer estado ou lugar do mundo, mas, naquele dia, estava lá como catarinense, lutando pelos empregos da nossa população. Quando aumenta carga tributária nos estados, os investimentos vão para outros lugares e não é isso que queremos que aconteça em Santa Catarina”, completou

A assessoria

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