Eleições

Presidente do TRE explica que votação em Salvador não será limitada à biometria

Publicado em 24/08/2016, às 08h31   Tamirys Machado



O presidente do Tribunal Regional Eleitoral (TRE-BA), desembargador Mario Alberto Simões Hirs foi o convidado do programa Jornal da Bahia no Ar, da rádio Metrópole FM nesta quarta-feira (24). O desembargador tirou dúvidas dos ouvintes sobre o processo eleitoral já que as eleições deste ano se aproximam. 
Um dos pontos, na visão do desembargador, que gera dúvida na população é a questão da biometria. Conforme ele as pessoas ainda têm dúvidas se vai poder ou não votar caso não tenha feito o cadastramento digital. “Quem não fez a biometria pode votar. Pode ser com a identificação biométrica ou com o título”, explicou fazendo referência à Salvador. Em algumas cidades do interior já terminaram o cadastro, mas Salvador não. Ainda segundo Hirs, logo após o pleito deste ano será retomado o cadastro na capital baiana. 
Questionado se o cadastramento não poderia ser feito no próprio dia da eleição, 2 de outubro, ele explicou que seria inviável. “O processo é demorado, as vezes a máquina não reconhece a digital logo de primeira, e por isso fica inviável fazê-lo no dia das eleições”, disse. 
O advogado falou também sobre os mesários. Segundo ele, os juízes estão convocados para os treinamentos realizados na sede do tribunal ou nos próprios bairros. “O serviço eleitoral é obrigatório, mas a pessoa pode pedir para não ser mais mesário ou justificar por algum motivo”. 
Outro tema abordado pelo presidente do TRE-BA foi em relação a judicialização de candidatos. Muitos respondem a processos judiciais e irão disputar eleição sub judice.
“Temos um caso recente no interior que começou o julgamento agora, o prefeito foi cassado decisão do TRE e começou a discussão sobre quem assumiria, o segundo colocado ou o presidente da câmara de vereadores da cidade. Agora, em cima da hora de uma segunda eleição. A democracia tem um preço alto. Tem algumas coisas que não dá para entender direito no sistema democrático”, criticou ao citar um caso emblemático.  
Mario Alberto Hirs aproveitou para explicar como os cidadãos podem fazer denúncias. “Existe a ouvidoria e os procuradores da república. Os juízes de primeira instancia ficam nas zonas eleitorais, concentradas na sede do TRE, onde todas as pessoas têm acesso”. 

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