Eleições

Alice nega distanciamento de Rui e militância petista de sua campanha

Publicado em 01/09/2016, às 23h02   Eliezer Santos



Faltando 31 dias para a eleição, a candidata à prefeitura de Salvador, Alice Portugal (PCdoB), apesar de não ter avançado nas últimas pesquisas de intenção de voto, afirmou que tem tido o apoio dos partidos que compõem sua coligação “Sim para Salvador” (PC do B, PT, PSD, PTN e PSB) na formulação das propostas e nas andanças pela cidade no precioso corpo a corpo.

Questionada nesta quinta-feira (1º), em sabatina com jornalistas na Itapoan FM, sobre maior participação da militância petista e, especialmente, do governador Rui Costa (PT) na sua campanha, Alice Portugal declarou que recebe orientações de Rui e tem sido “abraçada” por todos os caciques das legendas apoiadoras, a exemplo de João Carlos Bacelar, do PTN, e da senadora Lídice da Mata, do PSB.

“Rui está, mas ele é governador e precisa governar. Ele é impecável nesse objeto, sabe separar o institucional da militância. Vai aos comícios, mas não vai às ruas fazer panfletagem. Tenho tido toda a solidariedade do governador, do ponto de vista pessoal. Ele tem dado um show em Salvador. Estamos conversando muito, fazendo planos. Jaques Wagner voltando de Brasília estará conosco. Não estou só. Estamos abraçados pela coligação”.

Nos bastidores, contudo, muitos vereadores da base de Alice admitem que estão prioritariamente focados na renovação ou conquista de uma cadeira na Câmara de Municipal de Salvador e dispensam pouca energia para puxar votos em favor da chapa majoritária.
Vale lembrar que o arco de alianças em torno da chapa encabeçada por Alice Portugal foi firmado após exaustiva negociação, levando em conta, sobretudo, as chances de cada legenda na proporcional.

A expectativa é que a vinda dos ex-presidentes Lula (entre 19 e 23 de setembro) e Dilma Rousseff (dia 9) a Salvador dê uma guinada em sua candidatura.

Sobre sua postura mais polida e voz mansa na propaganda eleitoral na TV, Alice retrucou que “tudo tem a sua devida hora e lugar”. Não sou irascível e descompensada, sou firme, tenho opinião”.
A candidata comunista também comentou as especulações de que o prefeito ACM Neto possa, se reeleito, deixar o Palácio Thomé de Souza em 2018 para tentar ascensão ao Palácio de Ondina.

“Os indícios são fortes, pelas dificuldades da escolha do vice e pelo rechaçamento da vice prefeita, que, segundo ela, ficou sabendo [da escolha de Bruno Reis] pela imprensa. Seria muito ruim para Salvador, se você começa, que termine. Ele se propôs a fazer uma cidade cinematográfica, mas é ruim de serviço. Rui Costa o espera. Espero que o ovo da serpente não seja gestado”.

Alice minimizou a proposta para que ACM Neto assine uma carta se comprometendo, caso reeleito, em ficar até o final do mandato. “Ele não precisa assinar porque eu vou ser a prefeita de Salvador”.

Alice Portugal negou que sua participação no pleito municipal tenha finalidade de projetar seu nome com vistas às eleições federais de 2018. “Sou candidata para valer. Se o cacife acontecer, quero o cacife de ser prefeita de Salvador”, assegurou.

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